Meio-ambiente

A vó pergunta se eu me importo de comer home-made burgers no almoço e eu digo que não, acho ótimo – que criatura em sã consciência diria que não quer um hambúrguer feito pela vovó, que cozinha maravilhosamente bem, para o almoço?

A torcicolo me incomoda desde ontem por conta do colchão velho, que está com seus dias contados, pobrezinho. Vai ser trocado e não faz idéia, deve ainda estar se vangloriando das dores causadas por ele e nem imagina que, ao menos nesta casa, não terá o menor poder em breve, muito breve. Colchões são poderosos – afinal, passamos 1/3 de nossas vidas em cima deles (ou mais, mas não necessariamente dormindo).

Ouço rock na rádio online que não existe mais no dial, da qual sinto saudades enormes quando estou dirigindo. Tento descobrir porquê a única rádio rock do Rio, uma guerreira que ainda resistia bravamente aos modismos, foi descartada tão de repente. O dinheiro tem poder, concluo.

Os barulhos da casa me deixam louca, como sempre. Já não estava mais acostumada com casa cheia, pessoas em volta falando o tempo todo, perguntando, puxando conversa, passando na porta do quarto e olhando pra dentro, como se perguntassem “o que tanto você faz aí?” a cada vez que me sorriem da tal porta. A máquina de lavar roupas é ótima, mas barulhenta como o quê, parece que faz de propósito.

A sexta-feira chegou sem a menor cerimônia, encerrando a parte prática da semana, me deixando meio no vácuo quanto a algumas respostas aguardadas e parecendo não se importar com o fato do que não tenho nada programado pra fazer no fim de semana. Veio meio cinza, tentando amenizar a situação, mas continua sendo sexta-feira, de qualquer jeito. É inevitável imaginar o que os outros farão, qual será “a boa” deles hoje, amanhã e (por que não?) depois, e se algum desses outros vai se lembrar de me ligar. O telefonema tão desejado não deve acontecer mesmo, então resta a esperança de que algum outro nem-tão-desejado-assim-porém-bem-vindo aconteça e o marasmo seja enxotado pra longe.

E assim permaneço, com barulhos demais, dor demais, comida demais (muito provavelmente), música demais e expectativas não-correspondidas demais. E sorriso aberto. Sou feliz demais.

4 comentários:

Renata disse...

E que delícia ser feliz demais, né não??
Colchão é coisa seríssima...uma noite mal dormida acaba com o meu dia...se bem que é melhor eu ir me acostumando...hahah

beijos, querida. E que o final de semana seja incrível!

A Outra disse...

enfim, deu as caras por aqui.
novidades, quero todas. todinhas.
vc nao precisa aderir ao desafio. já te conheço... =P
além das fotos que já me mandou. hehehehe

bjs, querida!!!!!!

Ingrith disse...

Essa adpatação é meio maluca, a gente muda o meio, mas vai dar tudo certo! O bom é que vc voltou!

Anônimo disse...

sim, sim, gostei do texto

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...