Semana do Cacete: Férias (estreia)

Antes de começar: estreia sem acento é uma agressão quase física a quem sempre foi a melhor aluna de Português da classe.

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Tirei a semana passada de férias. Tá, uma semana é pouco, mas pra quem estava há um ano e nove meses sem tirar de dentro, pareceu uma excelente ideia (outro acento que caiu e ainda me choca). A primeira providência das férias? Dormir. Pra caralho, à beça, muito mesmo. Passei a segunda-feira inteira de pijama, descabelada, jogada na minha cama e me arrastando ao pc ocasionalmente. Regozijante, eu diria.

A terça-feira foi praticamente a mesma coisa, excelente. Já na quarta, comecei a arrumar as malas para partir ao local de grande diversão, relaxamento e tranquilidade: São Paulo. Não me julguem: eu nunca disse que era normal, pra ninguém - além disso, os amigos e amigas de São Paulo são sempre dignos de grande saudade e causas de momentos inesquecíveis de diversão. Bem, parti às seis da matina, cheguei a tempo de pegar o carro alugado em Guarulhos e curtir aquele engarrafamento gostoso que só as marginais podem nos proporcionar! Confesso que nem me estressei nas duas horas em que levei para chegar ao meu destino (Zona Sul de Sampa) já que, em São Paulo, HÁ UMA RÁDIO ROCK e eu me diverti muito com a cara dos carros ao lado me olhando como se louca fosse, já que cantava e sacudia a cabeça tal qual um guaxinim que fumou orégano.

Os quatro dias em São Paulo foram excelentes: bebi durante seis horas ou mais (sinceramente não me lembro nem como consegui estacionar o carro alugado sem direção hidráulica quando cheguei, então não me peçam detalhes desimportantes) na quinta e paguei muito menos do que pagaria aqui no Rio pra beber Original gelada e comer uns belisquetes (um beijo, Rio de Janeiro, atual cidade mais cara do Brasil); na sexta dormi até tarde e comemos bem, sábado comi um japa de alto nível ao qual fui a pé e paguei o equivalente a um almoço razoável aqui no Rio (mais um beijo, agora pro Eduardo Paes!) e fui pra casa de uma amiga que não via há oito anos. E bebi. Pra cacete. Domingo almoçamos no shopping, vimos a final da Copa - HOLLAND #NOT - e retornei à so-called Cidade Maravilhosa. Senti saudades de São Paulo já quando cheguei ao Galeão...

The thing is: I don't belong here, como diria o RadioHead. Tudo é caro, todos se acham fodões e fodonas demais, a violência está absolutamente broxante, os buracos nas ruas onde o IPVA é o mais caro do Brasil (um beijo pro Sérgio Cabral Filho, agora) quebram nossos carros, as blitz - tanto da Lei Seca quanto as de IPVA - são ridículas e achacantes e, pra piorar, ganhamos todos os eventos esportivos mais importantes do mundo, o que está fazendo os preços daquilo que ainda não era tão caro subirem ainda mais. Eu amo o Carnaval do Rio, desfilo sempre que posso e ainda amo as praias, mas mesmo assim não tá dando, minha gente...

Foram férias maravilhosas. Foi um retorno melancólico. Mas, vida que segue. E nós seguimos nos fudendo aqui no Purgatório da Beleza e do Caos, como diria Fernandinha Abreu. Só se reclama e se emputece do que e com que se ama, já ensinou a sabedoria popular, esta falecida. Pode ser.

Um comentário:

disse...

O seu post me deu saudade de VOCÊ!

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...