E São Pedro resolveu lavar a cidade hoje. E ainda está fazendo a faxina - não dá nem pra criticar o pobre, né, já que isso aqui tava precisando de lavagem mesmo. Só fico preocupada com os locais que tendem a deslizamentos (com as pessoas que habitam e passam por estes lugares, claro) e penalizada pelas festas de amanhã. Mas vejamos como será.

Mas eu não vim falar da chuva, não. Vim falar de tudo que ela (e o final do ano de 2009, simultaneamente) estão levando embora. Não, não esperem promessas de Ano Novo, porque promessa boa a gente faz e cumpre independente do final ou do início de qualquer coisa no calendário - vim falar só que eu desejo, a todos que possam ler estas linhas, um 2010 delicioso, em todos os sentidos. Desejo também um novo ano cheio de paz, saúde, progressos e sucessos pra todo mundo. Desejo menos mau humor, mais amor (ou algum que seja, em certos casos), mais leveza, mais beleza (no sentido menos fútil da palavra) e mais encontros. Um pouco de juízo é bom também, mas não exagerem com isso porque é prejudicial à saúde e à alegria. Que tudo que você errou em 2009 (ou em todos os anos anteriores da sua vida) possa ser consertado em 2010, desde que você corra atrás disso e faça por merecer.

Dizem que todo conselho e desejo que temos para os outros são, na verdade, para nós mesmos. Eu concordo em partes, porque desejo isso tudo pra vocês, além de pra mim mesma.

Feliz Ano Novo pra vocês e tomem um champagne por mim!

***UPDATE: Eu quero dizer aos amigos e amigas, como Brid, Lee, MisteriousMan, Cacauli, Vi, Sisa, BeteDavis, Lekkerding, Jeferson AND others que amo vocês - #nuncatevisempreteamei ou #játevieteamomaisainda. Só estou ainda bem enrolada com as coisas. Mas prometo que apareço. Beijos a todos vocês.

Musiquinha

Roberto Carlos não é meu cantor favorito, mas ouço suas músicas desde antes de nascer e já fui a uns três shows dele - mamãe adora. Mas tem uma música que ele canta, de autoria da Isolda, que me faz chorar mesmo sem estar apaixonada ou triste, de tão linda que é. Como a Globo me fez o grande favor de cortá-la do especial do Rei de hoje (apesar de tê-la colocado nos anúncios), seguem abaixo a letra e o vídeo, para quem quiser chorar junto comigo.

"Você foi
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples pra mim

Você foi
O melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade
Faz lembrar
De tudo outra vez

Você foi
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu

Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim
Sinto você bem perto de mim
Outra vez

Me esqueci
De tentar te esquecer
Resolvi
Te querer, por querer
Decidi te lembrar
Quantas vezes
Eu tenha vontade
Sem nada perder

Você foi
Toda a felicidade
Você foi a maldade
Que só me fez bem
Você foi
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos
Que eu pude fazer

Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim
Sinto você bem perto de mim
Outra vez."

A letra é linda, a melodia é divina e é isso aí. Quem queira criticar, por favor o faça com embasamento - porque, do contrário, não será nem lido. Ah, isso aqui AINDA é a MINHA Casa =o)

Passa.

O mal da vida da gente é passar. Porque tudo que passa, como o próprio verbo já diz, é volátil, volante, instantâneo. A vida da gente deveria ser, estar, mas nunca passar. Passando, a vida não é lá nada muito útil pra nós mesmos, além do acúmulo de dias e, quem sabe, de dinheiro - que, cá entre nós, nunca acumula de verdade. Quando o dia passa (vamos diminuir a quantidade da coisa, limitá-la, pra ver se alguém pensa nisso sem tanta preguiça), você não guarda nada dele; quando o dia é, foi ou está sendo algo mais, mesmo que ruim, algo se guarda, se aprende, se leva e se ganha. Mesmo perdendo.

A minha vida anda passando. Passou meu aniversário, passaram-se os dias até a antevéspera de Natal deste ano, passou a festa dos amigos, passou um monte de coisa por mim. Pouco ficou. Vejo as coisas como que sentada numa poltrona e de frente pra uma tevê feia, velha, cheia de chuviscos e meio suja até - sem nenhuma interatividade. Um belo momento eu vivi há quase um mês, quando dois dos maiores amigos casaram; outro, quando as amigas estiveram aqui, há umas quase duas semanas. Há um lindo momento vindo por aí daqui a exatamente um mês, e eu não quero ver passar simplesmente - porque eu já vi a organização dele passar muito mais do que eu gostaria. Não quero que passe.

Mas... como faz? Acho que desaprendi, mesmo com esses dois momentos que aconteceram tão recentemente tentando me ensinar de novo. Porque mal os momentos acabaram, tudo voltou a passar. Os dias voltaram a ter apenas 24h e mais nada: nem um sonho, nem um pensamento. Passaram assim, como se não precisassem da minha anuência pra isso. Os meus dias, hoje, me governam, ao contrário de como deve ser. E eu, sinceramente, não sei nem por onde começar pra inverter essa situação.

Ao menos não nesta noite.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...