O que seria

Hoje, eu ensaiei um escândalo no qual eu perdia toda a razão que tinha, mas desopilava meu fígado e aliviava minha dor eterna na barriga. Na minha cabeça, eu dizia absolutamente tudo que pensava, sem moderar palavras (imaginem o número de palavrões os que me conhecem, beijos!) nem críticas, sorrindo sarcasticamente e gritando oportunamente. Condenei a burrice, a soberba, a ganância desenfreada, a desonestidade e a feiura - porque eu já estava mesmo sem razão, então resolvi colocar tudo pra fora de uma vez. Mandei calar a boca quando me interrompia e usei de um cinismo único, só por prazer. É claro que o resultado seria desastroso (ou apenas libertador?), mas o resultado era a última das coisas em minha cabeça. Fui xingada de volta, retaliada, rechaçada e, finalmente, expulsa de lá. Saí gargalhando e saltitando, andei uns três quilômetros antes de pegar o ônibus lotado e ainda vim até em casa rindo.

Foi então que o meu ódio me colocou de volta à razão e me fez calar. Ao menos até que não seja mais o melhor a fazer.

E a vida...

Uma coisa é certa na vida da gente: ela é feita de ciclos. Sempre rola a fase do "nada acontece", que se intercala com a fase do "tudo rolando ao mesmo tempo agora", não é? Então.

Espero que a segunda fase citada comece agora e fique por um tempinho, viu. Tô meio cansada de nada acontecer. E nem é só na vida pessoal, não, acho que mais ainda na profissional. Claro que isso depende de mim diretamente (e eu sei disso), portanto eu tenho que animar. VOU animar, claro. Na vida pessoal em si, eu nem peço tanta coisa acontecendo, porque isso nunca dá certo, sabe como é. Que aconteça uma coisa de cada vez, hahahahaha.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...