Atraso involuntário

Ontem, às três da manhã, finalmente consegui escrever e falar sobre tudo o que tinha acontecido. O que aconteceu então, HEIN HEIN? A conexão mórreu. Por isso ainda não tem explicação...

Aí vai então.
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Acho que, finalmente, vou conseguir escrever alguma coisa, depois de várias tentativas. So, let's go.

O problema mais cedo foi profissional, coisa que todo mundo tem, todo dia. A questão é que hoje é o meu primeiro dia de folga, já tinha tido aporrinhação suficiente por um dia (sem relação com trabalho), ando confusa, nervosa, estressada... Juntando tudo, ainda me aparece um problema profissional às nove da noite no meu primeiro dia de folga? Não deu.

Há meses que venho passando por mudanças drásticas (não é exagero) na minha vida, o que requer uma readaptação total. Não é fácil. Eu sempre tento, por conta dos meus princípios, dos meus valores, manter o bom humor, pensar que poderia ser muito pior - e de fato poderia - e levantar a cabeça, mas nem sempre consigo. Até aí, nenhuma novidade, certo? Todo mundo tem seus ups and downs.

A merda toda é que, desde o início desse processo, vem correndo paralelamente uma auto-avaliação fudida, uma viagem pra dentro de mim que não acaba nunca, e que tem me levado a mais dúvidas do que respostas, dúvidas relativas a princípios, sentimentos, atitudes... São dúvidas muito mais sérias e muito mais doloridas do que o processo de readaptação em si, e que sinceramente me perturbam de uma forma que ninguém pode imaginar.

A verdade é que eu ainda não sei quem sou, não depois de tudo que vivi, que aprendi. O que foi passado por aqui (e mesmo pessoalmente pra qualquer ser vivente neste mundo) não é nem um terço do que houve, mas com certeza tudo o que aconteceu precisava acontecer, disso não duvido nem um segundo. Talvez tenha sido pra que eu aprendesse a não me entregar tanto às pessoas, pra que eu soubesse que nem todo mundo se importa, pra que eu crescesse e deixasse de ser tão ridiculamente inocente; talvez seja exatamente o contrário, uma prova a fim de testar o quão convicta sou dos meus princípios (que ainda acredito serem corretos). Enquanto eu não conseguir chegar a uma conclusão e achar quem anda por aqui dentro de mim, haverá dias mais fáceis e dias mais difíceis, isso é certo.

Bem, acho que hoje estou no período dos dias difíceis, desconfiando de tudo e de todos, me achando a mais perfeita idiota, acreditando que a solução é simplesmente endurecer o que resta do meu coração mole e ser simplesmente racional, fria e calculista. Já que é pra sofrer, que seja de solidão.

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