Não-dizer

Eu vim aqui pra escrever sobre frio, insônia, ansiedade, nervosismo, borboletas no estômago, balanço e não-saber quem sou. Mas é tanta coisa, e essa música tocando aqui e num repeat sem fim dentro da minha cabeça, acompanhada de uma imagem... Não dá.

Eu quero que amanhã chegue logo. Amanhã de manhã, claro, porque hoje já é amanhã. E por isso mesmo acho que nem dormir eu vou. Mas eu venho falar de tudo quando conseguir raciocinar de novo. E quando descongelar meus dedos, porque o ar condicionado tá bom-ban-do, pessoas.
Quanta insensibilidade... Eu tão enamorada da Lua, sem lembrar que estava perto do Dia de São Jorge, que é o dono dela...

Oração a São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.

Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

São Jorge, rogai por nós!

Full Moon

Hoje a Lua apareceu pra mim, toda linda, ocasionando um reflexo maravilhoso no marzão sem fim que tenho aqui. Foi pra mim que ela veio hoje, eu sei. Ela veio me trazer alegria com tristeza, tipo uma macarronada a bolonhesa, tudo misturado, que não dá pra comer uma coisa sem provar da outra.

Ela veio cedo, o céu ainda nem estava totalmente escuro. Veio toda cheia de si (literalmente): branca, brilhante, misteriosa, sorrindo e fazendo cair uma lágrima. Chegou disfarçada entre as nuvens, ficou fazendo charme lá do alto, se mostrando e sumindo quando bem entendia - se eu ameaçasse entrar e deixá-la só, ela reaparecia mais linda ainda, a descarada - e espalhando uma luz que talvez mostrasse mais que a do astro-rei... Cara-de-pau, essa Lua, querendo fazer melhor que o fornecedor do seu brilho.

A Lua apareceu pra mim hoje, e só pra mim disse tantas coisas. Bem ao pé do ouvido, com a voz suave, como fez já pouco mais de três anos, quando me apresentou você. Ela me disse que parece mais difícil do que é, essa tal de vida; que tentar e falhar é melhor do que não tentar e que ela exige que eu não desista de você. Ela tem esse direito, já que foi a causa inicial dessa estória ainda sem fim - porquê não, sem começo. Me sorriu antes que eu tivesse de deixá-la e iluminou a lágrima que deixei escapar sem querer enquanto sorria de volta pra ela.

Antes de dormir, vou até lá fora vê-la mais uma vez e pedir que esteja presente quando eu te vir de novo, pra me ajudar. Dela, naquela noite, eu sei que você não esqueceu.

"O meu amor mora longe
Tão longe
Que já nem sei mais
A lua no céu também mora longe
Mas brilha no mar
Assim o meu bem
Que quanto mais além
Mais me faz pensar

Saudade, meu desespero
É minha consolação
Diz ao meu bem
Que eu não quero
Sentir mais saudade, não"

Luar do meu bem, Vinicius de Moraes

Selo Selo Selo

Ganhei selinho de Ardida da Ril!!



Baby, você até me fez sentir ardida de novo, porque ando tãããããão insossa...

Beijoca!


PS: Num vô repassar não, gentem, vocês todas são pimenta malagueta purinha pra mim =o)

Trens não tem marcha-ré

Enquanto a gente desconfia, suspeita que perdeu uma oportunidade que queria muito, uma coisa mais que desejada, já se sente meio idiota. Depois que tem certeza de que perdeu, a gente sabe que é uma completa imbecil.

A vida não tem botão de backspace, babies. Você fez, tá feito. Resta apenas correr atrás do que poderia ter sido, caso ainda dê tempo. No meu caso, não sei se tenho esse tempo, desconfio que não. Mas como sou teimosa e vou atrás do que quero, vou tentar. Mesmo que a confirmação de que eu PERDI venha, vou tentar. Ao menos poderei pensar "eu tentei" quando me lembrar dessa derrota em si.

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Tem uma matéria no Bolsa de Mulher que fala dessa pessoinha (ao menos aqui posso ser -inha) e dessa humilde casa, escrita por Bel Vieira. Passa lá, é ótima e todo mundo que escreve vai se identificar em algum ponto.

Meu irmão, o mosquito e a republiqueta

Meu irmão é a minha paixão, quem me conhece sabe disso. Sou a mais coruja das irmãs e, apesar de ser cronologicamente mais velha, ele é o velho de nós dois, no bom e em alguns maus sentidos. Sobre a Casa, por exemplo, ele não entende nem concorda muito, mas de vez em quando espia aqui - a frase-título do meu perfil foi sugestão dele, quando viu a foto que eu tinha escolhido (e ele tirou, by the way). Ele tem um senso de humor ótimo, é inteligente, é crítico e é um excelente profissional. E, agora sim, cheguei no ponto principal desse post.

Como vocês devem lembrar, ele se formou no fim do ano passado, depois de uma luta que todos travamos, ele mais do que qualquer outra pessoa. Aí foi pra Aeronaútica, treinou durante três meses, e se formou há quase duas semanas. "Agora ele vai para o hospital", vocês dizem. Bem, é quase isso: ele foi pro Hospital de Campanha que atende os pacientes com suspeita de dengue. Nada de dia-a-dia hospitalar, ainda, mas uma rotina pesada e triste, cheia de crianças e idosos, cheia de middle-aged people em estado grave, cheia de trabalho sem fim. Não estou reclamando do meu caçula estar trabalhando, não, estou reclamando dessa republiqueta féla em que vivemos onde ainda existe epidemia de dengue, onde ainda tem gente que não deixa os agentes de saúde entrarem nas casas para evitar o mosquito, onde os Sérgios do Poder Público (o da Saúde e o Governador) gozam com o pau dos outros e ainda se fazem de vítimas.

Meu irmão e os colegas dele que estão trabalhando horrores no HCamp já apareceram até na CNN International, vejam vocês. Médicos vão aos hospitais em suas folgas para ajudar, recém-formados trabalham em regime de guerra para ajudar, moradores conscientes jogam peixes nos lagos dos prédios bacanas para ajudar, o zelador do meu prédio (que é meio rêta, diga-se de passagem) joga água sanitária no chão para ajudar. A palavra EPIDEMIA só não é usada pelos imbecis que estão no poder (por motivos óbvios), a não ser que estejam um falando mal do outro.

Sinceramente? Tem horas em que eu não sei o que ainda faço morando aqui. Depois me lembro que é por causa do meu irmão e daqueles que nos trouxeram ao mundo, principalmente, e dos que trouxeram meus pais ao mundo, e de outros que também foram trazidos por eles, pelos amigos que conquistei e pelos que ainda tenho a conquistar. Porque tá foda, minha gente, F-O-D-A.

Eu sou suscetível!

Tudo bem que a "sorte" do Orkut é uma besteira sem fim.


Mas por que toda vez que tenho que decidir alguma coisa realmente importante aparece "evite tomar decisões precipitadas"?


Catzo.
E o 1º de abril passou e nem uma mentira contei.

Que deprimente.

MSN na madrugada

Eu e a minha amiga falando sobre um gatinho que eu conheci...

LiNe diz:
Baby, sem sacanagem: sabe aquele cara GATO q qdo começa a te olhar, vc pensa "ah, não é comigo, gato demais"?


LiNe diz:
sério!!!!


Amiga diz:
rararara


Amiga diz:
vc é muito engraçada


LiNe diz:
sério!!! Te juro!


Amiga diz:
eu acredito


LiNe diz:
tipo, se tivesse pra comprar, era tipo calça jeans Diesel


LiNe diz:
sonho de consumo realizado, rs


Amiga diz:
rararararar


LiNe diz:
e, pra variar, adivinha?


LiNe diz:
Calcinha feia e sem depilar direito =oS


LiNe diz:
hahahahahahahahahahahahaha


Amiga diz:
rarararararararrara


Amiga diz:
Aline, joga fora as calcinhas feias.


Vou jogar, amiga, vou jogar.

Me faça um elogio

Nunca me canso de assistir a Melhor é Impossível (As Good As It Gets), por diversas razões... Sou fã incondicional de Jack Nicholson, amo a história e sou meio Melvin. Bem, todo mundo é. Eu, particularmente, me identifico com a dificuldade de dizer o que sinto a quem gosto, metendo os pés pelas mãos e sendo ligeiramente grossa, pelo medo de parecer frágil. Isso e, claro, o perfeccionismo com as malas - mesmo quando estou voltando de uma viagem...

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...