Hairy cosy heart

A montanha russa do meu estado emocional é uma coisa muito curiosa: depois da fase paixonite-aguda na qual andei, ando completamente cool. Total awareness*. Há quem vá dizer que é dor-de-cotovelo, que é amargura, que é tristeza. Eu digo que é normal.

Já li em diversos lugares sobre pessoas que concordam comigo, inclusive numa das confissões. Eu penso com o cérebro, a maior parte do tempo - inclusive quando sofro por amor ou qualquer sentimento semelhante. E faço isso cada vez mais, conforme vou aprendendo. Penso com o cérebro e amo "com o coração", como diriam. Me apaixono com os dois - ao menos tento. E muitas vezes sou criticada por tudo isso, pois outros acham que é negação. Negação de quê, meu Deus? Negar pra quem, pra MIM?! Não me dou a esse trabalho, é tempo perdido. E tempo é uma coisa que temos cada vez menos, diminui a cada dia (sem fatalismos, estou apenas constatanto o óbvio ululante), então perdê-lo é um desperdício abominável. Se hoje não tem ninguém sentado no sofá da sala de estar do meu (às vezes peludo) coração, fico eu só, muito bem, obrigada. Ouvindo música, cantando, dançando, estudando, sorrindo, xingando, vivendo.

A questão principal é que a crítica fica mais aguçada nessas épocas, pra tudo, e isso pode ser meio cruel com os outros. Sei de todos os meus defeitos, não fico tentando disfarçar (mas melhorar sempre tento) e sei que posso ser tão dura e seca quanto um pedaço de madeira no agreste, tenho consciência disso. Não é de propósito, eu juro. Mas acontece involuntariamente - quando dou por mim, já fiz cagada. Resta tentar limpar.

Enfim, atualmente eu sou só eu mesma. Há quem goste, há quem não goste. Pros que não gostam, digo que sinto muito, mesmo, e que eu tento mudar meus defeitos. Pros que gostam, aconselho cuidado, porque podem ainda não ter visto o evil side of me. Pra todos, digo muito prazer em conhecer.

* Não consigo dizer isso sem lembrar disso aqui. Não tem como =D

4 comentários:

iaiá disse...

nossa como vc parece comigo!
escuto as mesmas críticas por ser racional! e tb faço as mesmas cagadas...sou crítica, verdadeira, sincera, o que dependendo da pessoa pode ser problema. mas prefiro ser quem sou, gosto de ser asim.
e adoro esse episódio!
bjão

Aline T.H. disse...

Iara, acho que só a gente sabe o quanto isso pode ser um problema! Mas fico feliz de ver mais alguém assim - uma das pessoas nas quais pensei escrevendo foi vc mesmo =o)

E esse episódio me faz gargalhar, não importa que eu já o tenha assistido 10.000 vezes!!

Beijocas!

helen disse...

Ah, gatham, eu acho que esse momento é o da verdade, sabe. Com a paixão a gente tende a adocicar tudo. Inclusive os defeitos dos outros, a gente alivia. Os nossos a gente sabe, tem consciencia de que estão apenas sob efeito de drogas (naturais, pq o amor é uma droga pesada, vc sabe...).

Eu gosto de ser crua. parece que sou mais eu, essencialmente.
Aproveita.
beijo!

Aline T.H. disse...

Helen, vc me entende. Eu também gosto de ser mais eu...

Tô aproveitando, amiga. Beijão!

Acabou. Boa sorte!

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