Fácil não é

Há pouco tempo, eu li algo que realmente tenho usado e se aplica bem na minha vida: "Todo mundo vê as pingas que bebo, mas não vêem os tombos que levo." Isso serve pra toda e qualquer dificuldade que se passe na vida. Na minha vida, cai como uma luva.

Minha cirurgia foi um sucesso, graças aos meus médicos, às preces e orações, a Deus. Olhando pra mim, não dá pra dizer que eu tenho câncer cerebral sob controle. Sim, porque eu tenho, mas controlado sempre e lá, quietinho - que fique assim até eu ficar toda murchinha! - mas eu tenho doença crônica. Só que ela não é visível... E eu também não sou muito "eeeeeeiiiii, eu fiquei boa mas ainda tá aqui, viu? Me ameeemmmm!", então a maioria acha que eu tou 110%, que tou ótima, que não tenho dor na lombar, que não troco palavras nem esqueço, que conseguiria emagrecer mas ando comendo meio mundo mesmo... E eu imagino que seja assim com várias pessoas doentes, desde que suas doenças não sejam visíveis.

A verdade é que muitos julgam quem está parado como encostado, relaxado, dizem que não estão nem aí e são aproveitadores. Enquanto isso, a pessoa "parada", encostada, passa o dia ansiosa pensando em como ajudar seu lar como fazia, como pode ser útil mesmo estando impedida de fazer quase tudo ou como não consegue perder um grama. A pessoa que quer fazer exercícios, sai pra caminhada e volta com enxaqueca por dois dias, porque não pode sentir calor. E passa a ser a pessoa chata, tentando ajudar. E quando é doce, passa a ser melada. E toma fora (como toma!), e ainda entende cada fora que toma, porque sabe que a pessoa que ama está passando por uma dificuldade e é POR SUA CAUSA. Assim, a pessoa se sente um fardo, um peso morto, que só faz os outros gastarem dinheiro com ela, enquanto ela come e dorme, sem contribuir, porque simplesmente não tem como fazer nada sobre isso agora. E chora, e sente, e deprime. E quem não é muito negativa, como eu, ainda mascara isso, parece ser ainda mais acomodada, conformada e cagando pra família... Eu nunca ouvi, mas já senti muito isso. E dói, viu, dói muito. E a vontade é sumir no mundo pra não causar mais problema pra ninguém.

Mas a dor passa (ou ao menos é amenizada) porque sempre tem uma, duas pessoas na vida da gente que só trazem amor e luz, te entendem perfeitamente, ajudam e dão forças. Eu tenho, graças a Deus. E essas quedas só fortalecem a gente - é cliché, sim, mas é verdade, queiram ou não queiram - pra seguir em frente e encarar qualquer coisa que venha.

(mas que venha logo, Pai do Céu, por favor!)

Festa de criança, gripe e alergias

Desde 2ª feira que tô meio gripada pra caralho, não sei se por causa da vacina, se porque engasguei com a pontinha da batata frita ou se peguei mesmo da minha mãe. Mas ontem teve festa de criança e aí ferrou tudo... Esquisito? Nem tanto:

A festa foi ótima, maravilhosa, tudo delicioso e a casa de festas tem diversão até pros adultos - sério, um Kabum-mirim MARA onde ri muito, um simulador de montanha russa tão real que tive que abandonar (e adeus pras de verdade, já senti isso) e vários outros simuladores ótimos. Teve criança à beça se divertindo, teve adulto também. Teve parabéns, teve docinho - e aí que deve ter sido a parada, bolo com chocolate e eu comi 1/3 de um brigadeiro pequeno. ISSO MESMO, caro internauta perdido na Casa, UM TERÇO de um brigadeiro pequeno. O pedaço transparente de bolo (porque gordo sempre ganha os mais finos, os garçons acham que vão ajudar na dieta com isso, só pode) e o pedacinho de brigadeiro deviam ser de achocolatado... Porque foi só chegar em casa que já tava ficando de cara inchada.

Ou seja: rolou cortisona, suei feito uma vaca a noite toda e tô sem alergia, sim, mas rezando pros efeitos colaterais ficarem deboinha. Oremos.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...