Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e sacudir os tapetes, limpar os móveis e ver como estava essa Casa. "Vamos lá, Aline, quem sabe lá você consegue dizer tudo que não sai mais da tua boca nem dos teus dedos pra ninguém diretamente!", me disse a cabeçorra oca aqui.

Quando fui falar com a dona, descobri que em 2016, resolveram usar o nome Casa do Cacete* sem fazer uma pesquisa - ou fizeram e simplesmente cagaram solenemente pra minha Casa - e simplesmente encerrarei uma lugar que existe neste endereço desde Março de 2005. Assim, como se fosse um casamento por interesse, como se fôssemos casados por questões imigratórias e, após quinze anos, o blog tivesse conseguido o Green Card e me dado um belo pé na bunda sem nem me dizer obrigada.

Foram anos falando da minha vida, de política, amor, sexo, felicidade, tristeza, educação, tudo. Quando fui selecionar a foto pra colocar aqui, por exemplo, pude encontrar algumas que nem tinha mais nos meus arquivos pessoais, no meu note, que se perderam ao longo do tempo, conforme a vida, essa mãe que não passa a mão na cabeça mas nos abraça como poucas, foi me criando. Não é à toa que meus melhores amigos vieram dessa Casa 💜

Não vou encerrar e fechar nada, vou simplesmente mudar o nome daqui - ainda não sei para qual - e mudar o lugar. Se alguém tiver uma ideia, aceito de bom grado. Mas que meu nome e minha ideia são MEUS e SÓ MEUS, de mais de quinze anos, isso NINGUÉM pode negar.

Beijos, obrigada a cada um de vocês por tudo e até.




*Não vou passar quem foi. Vocês acharão, se quiserem.

Fácil não é

Há pouco tempo, eu li algo que realmente tenho usado e se aplica bem na minha vida: "Todo mundo vê as pingas que bebo, mas não vêem os tombos que levo." Isso serve pra toda e qualquer dificuldade que se passe na vida. Na minha vida, cai como uma luva.

Minha cirurgia foi um sucesso, graças aos meus médicos, às preces e orações, a Deus. Olhando pra mim, não dá pra dizer que eu tenho câncer cerebral sob controle. Sim, porque eu tenho, mas controlado sempre e lá, quietinho - que fique assim até eu ficar toda murchinha! - mas eu tenho doença crônica. Só que ela não é visível... E eu também não sou muito "eeeeeeiiiii, eu fiquei boa mas ainda tá aqui, viu? Me ameeemmmm!", então a maioria acha que eu tou 110%, que tou ótima, que não tenho dor na lombar, que não troco palavras nem esqueço, que conseguiria emagrecer mas ando comendo meio mundo mesmo... E eu imagino que seja assim com várias pessoas doentes, desde que suas doenças não sejam visíveis.

A verdade é que muitos julgam quem está parado como encostado, relaxado, dizem que não estão nem aí e são aproveitadores. Enquanto isso, a pessoa "parada", encostada, passa o dia ansiosa pensando em como ajudar seu lar como fazia, como pode ser útil mesmo estando impedida de fazer quase tudo ou como não consegue perder um grama. A pessoa que quer fazer exercícios, sai pra caminhada e volta com enxaqueca por dois dias, porque não pode sentir calor. E passa a ser a pessoa chata, tentando ajudar. E quando é doce, passa a ser melada. E toma fora (como toma!), e ainda entende cada fora que toma, porque sabe que a pessoa que ama está passando por uma dificuldade e é POR SUA CAUSA. Assim, a pessoa se sente um fardo, um peso morto, que só faz os outros gastarem dinheiro com ela, enquanto ela come e dorme, sem contribuir, porque simplesmente não tem como fazer nada sobre isso agora. E chora, e sente, e deprime. E quem não é muito negativa, como eu, ainda mascara isso, parece ser ainda mais acomodada, conformada e cagando pra família... Eu nunca ouvi, mas já senti muito isso. E dói, viu, dói muito. E a vontade é sumir no mundo pra não causar mais problema pra ninguém.

Mas a dor passa (ou ao menos é amenizada) porque sempre tem uma, duas pessoas na vida da gente que só trazem amor e luz, te entendem perfeitamente, ajudam e dão forças. Eu tenho, graças a Deus. E essas quedas só fortalecem a gente - é cliché, sim, mas é verdade, queiram ou não queiram - pra seguir em frente e encarar qualquer coisa que venha.

(mas que venha logo, Pai do Céu, por favor!)

Festa de criança, gripe e alergias

Desde 2ª feira que tô meio gripada pra caralho, não sei se por causa da vacina, se porque engasguei com a pontinha da batata frita ou se peguei mesmo da minha mãe. Mas ontem teve festa de criança e aí ferrou tudo... Esquisito? Nem tanto:

A festa foi ótima, maravilhosa, tudo delicioso e a casa de festas tem diversão até pros adultos - sério, um Kabum-mirim MARA onde ri muito, um simulador de montanha russa tão real que tive que abandonar (e adeus pras de verdade, já senti isso) e vários outros simuladores ótimos. Teve criança à beça se divertindo, teve adulto também. Teve parabéns, teve docinho - e aí que deve ter sido a parada, bolo com chocolate e eu comi 1/3 de um brigadeiro pequeno. ISSO MESMO, caro internauta perdido na Casa, UM TERÇO de um brigadeiro pequeno. O pedaço transparente de bolo (porque gordo sempre ganha os mais finos, os garçons acham que vão ajudar na dieta com isso, só pode) e o pedacinho de brigadeiro deviam ser de achocolatado... Porque foi só chegar em casa que já tava ficando de cara inchada.

Ou seja: rolou cortisona, suei feito uma vaca a noite toda e tô sem alergia, sim, mas rezando pros efeitos colaterais ficarem deboinha. Oremos.

By the way...

Escrevi pouco entre 2014 e hoje, mas escrevi. Tá lá na tentativa de outro endereço...
Beaj!


Voltando ao começo

Olar. Como vão tuzes? Espero que bem.

Não, não desaprendi Português, apesar de ter a cabeça literalmente meio oca hoje em dia... Se você não sabe do que se trata, desculpa, mas aqui a porra é toda minha e quem manda sou eu 😎

A Casa ficou meio vazia, meio suja, meio sem movimento, mas não foi nem vendida, nem emprestada, muito menos largada. Vamovê como me saio, já que tô mei enferrujada...




Considerações quanto aos eleitores no Brasil

Repito minha publicação do Facebook aqui, para que todos possam ler:

Burguesa, patricinha, metidinha e hipócrita. Segundo consta pelos petistas, eu me enquadro nesse perfil, já que não votei na Dilma.


Esquerda-Caviar, comunista, vagabunda, obcecada. Segundo consta pelos tucanos, eu sou destas, já que não votei no Aécio.

Dizendo que votei na Marina, seria considerada pelos dois eleitores acima descritos como: em cima do muro, irresponsável, vai-com-as-outras e ignorante na política, já que a terceira figura maior é vista como uma daquelas baratas francesinhas: nem é tão grande, mas aguarde num futuro próximo o mal que vai causar caso você não cuide disso agora...

Votei em Eduardo Jorge. Sim, votei. Votei no cara mais moderno, inteligente, razoável, comum, que não se julga um deus ou melhor do que ninguém por estar envolvido na política. Ainda com muito a desenvolver e aprender, sim, mas já demonstrando que o futuro pode ser MUITO melhor. Me xinguem, me chamem do que quiserem – mas, nesse caso, todos estarão cagando, já que o percentual é baixo demais, né não?

Só não coloquem rótulos nos outros, sejam razoáveis e inteligentes, por favor. Ou então eu mesma vou passar a usar a técnica de vocês, falar milhões de merdas, absurdos e impropérios a cada um que fale merda e dizer “ah, me deixe falar, tenho câncer no cérebro e tudo que é na cabeça cê sabe comé, a pessoa fica com problema” e não admitir que me critiquem.

Aqui, ainda digo: obviamente nem todos pensam assim. Mas o percentual é bem maior do que poderia ser considerado normal. E se é pra falar desse tipo de coisa, que seja generalizado, pra atingir a quem quer que se coloque no papel.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...