Não sei se é o balanço de fim de ano, a saudade de casa ou tudo junto. O fato é que eu ando meio amarga esses dias, meio carente... Sabe quando tudo o que se quer é um abraço, um cafuné, um beijo? Pois é. E nem precisa ser de namorado ou coisa afim, tou falando mesmo de amigos, mamãe, papai, as pessoas que são mais próximas. Até porque namorado ainda não tem, então ficaria difícil, n’est pa?

O balanço de fim de ano não é ruim, claro: muitas melhoras, muitos avanços e muitas alegrias. Mas a minha autocrítica madrasta não me permite fazer um balanço de verdade, equilibrar as coisas boas e ruins, sabem como é, acaba mesmo destacando as frustrações e aquilo que não fiz, o que não realizei e, pior, o que tentei fazer e não consegui. A minha autocrítica acha que eu sou a Mulher Maravilha, que eu já deveria estar no meu peso ideal, que eu já devia ter me formado, que eu já devia ter conquistado aquilo e aquele que quero pra mim. Vai ver minha autocrítica, além de madrasta, é ligeiramente sádica. Ou totalmente.

A saudade de casa... Bem, é fim de ano e eu estou aqui há dez dias, e ainda faltam seis. Precisa explicar? Talvez precise - ao menos o fato de que Natal e Ano Novo lá em casa são alegres, felizes, animados e tudo de melhor nesta vida de meu Deus, por isso a saudade e vontade de estar lá. Mas eu não posso reclamar, podia ser (muito) pior. Então se conforme, criatura, engula o choro cada vez que vê as fotos da família e sorria, porque ninguém atura gente chorona e mal-humorada.

É isso. Estou viva, estou bem, vou levando. A amargura passa logo. Assim espero. Oremos.