Depois de longo e tenebroso inverno (e posso dizê-lo de maneira literal, já que o Rio de Janeiro anda povoado de botas, escarpes e cachecóis por necessidade e não vaidade), eis-me aqui. E voltei pra contar pras crianças que lêem a titia aqui uma historinha muito engraçada que aconteceu ontem à noite.
Pra começar: ontem eu fui ao show do Ritchie, no Bailinho. O show foi foda, o Bailinho é legal pra cacete (achei um lugar onde não há o pré-requisito de ser parecido/a com um dos Jonas Brothers ou com a Ashley Tisdale para entrar, apesar de ter encontrado alguns clones) e me diverti muito. Encontrei amiga Rosana lá, de surpresa, muita gente bonita, um clima bem legal. Explicado o local, vamos à estória:
Pra quem não sabe, eu sou fumante. Tá, eu já sei que faz mal, que fede, que eu vou morrer cedo, etc. etc. etc. Não é esse o foco. Mas estava eu com minha amiga-companhia pra noite de ontem (as duas velhas-corocas-mór-que-não-tem-mais-paciência) até felizes de estarmos num lugar onde ter conhecido o Ritchie quando ele fez sucesso com Menina Veneno pela primeira vez não era sinal de senilidade, quando eu fiquei com vontade de fumar e sugeri que saíssemos da parte de dentro porque estava cheio o lugar. Eu não gosto de fumar num local com muita gente; sei que sou eu a viciada e ninguém tem culpa disso. Mas tava frio lá fora (ainda era cedo) e nem tão lotado, quando amiga sugeriu "ah, dá pra fumar aqui" e eu acendi o cigarro. Um minuto depois, uma patricinha-Ashley-Tisdale-clone esbarrou na minha mão que estava com o cigarro (sim, porque ela era A rainha do lugar, dentro da cabecinha dela, coitada) com as costas, onde o cabelo estava. Eu assustei, claro, mas o cigarro não tinha encostado no cabelo - dos males o menor. Eis que neste momento a pettit (media no máximo 1,65m de altura, DE SALTO) vira para mim com seu olhar fulminante (ela deve achar fulminante, tenho certeza) e pergunta, com a voz tal qual Darth Vader: "QUEIMOU?!" Eu respondi que não, só minha mão havia encostado nela. "AINDA BEM", disse a demônia-mirim, e saiu andando.
Passado um minuto de silêncio entre eu e amiga minha, caímos na gargalhada, de chorar. Fala sério, maluco, quando é que aquela anã e suas amigas-anãs tomaram chá de espinafre do Popeye? Se ela resolve fazer alguma coisa comigo, eu segurava a testa dela e a deixava batendo ao vento, que nem os meninos mais velhos faziam com os menores. Mas, ainda rindo, minha amiga manda a melhor frase sobre o assunto:
"Esta não era a pergunta pertinente. A pergunta pertinente seria: 'tá pegando fogo?', porque daí a gente diria 'sim, vamos apagar!'. Queimou? Já foi, criança, senta e chora."
É por isso que eu amo as minhas amigas.
Eu juro que levei cinco minutos pra escrever a última frase, porque choro de rir a cada vez que me lembro dela. E a frase está aqui reproduzida tal como foi dita. Thanks, friend, pela companhia ontem, foi show.
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3 comentários:
Taí, gostei do blog. Você tem uma escrita bacana, dinâmica.
Eu não fumo, e concordo com tudo que você disse acerca da saúde de quem fuma. Risos.
Bom, quanto à mocinha, lamentavelmente é o tipo que mais existe não só nestas "baladas", mas em tudo que é lugar.
O Ritchie com Menina Veneno povoou minha imaginação infantil (lá pelos meus 8 anos) com aquele lance de "abajour cor-de-carne". Eu pensava: "que cor mais estranha..." Risos.
Beijos e té mais.
Querida, fico feliz que vc tenha gostado - pelo menos ALGUÉM se divertiu. Eu fui embora logo depois de te encontrar. Um beijo e até as próximas.
"Queimou, criança? Senta e chora". EU RI hahahahahha...
Amiga, às vezes passo por aqui, leio mas nem comento. Mas como desta vez, depois acabo voltando e deixando um recadinho.
Beijos
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