Pela atenção, obrigada.

Assim, estou de ótimo humor. Estou feliz. Cansada, mas feliz.

Mesmo assim, precisava vir aqui e dizer o seguinte, a quem interessar possa:

Este blog é meu. A vida é minha. Eu faço dela o que bem achar interessante. Não tenho mais idade nem paciência pra coisinhas de ginásio, pré-primário, seja de que idade abaixo da minha (real e mental) for. Portanto, quem vem aqui ou fala comigo a fim de briga, intriga, besteira e algo que não seja ler meus posts insanos e/ou amizade sincera e desenvolvida pelos motivos corretos e saudáveis, faça-o à vontade - só não me peça pra cair na pilha ou bater palma pra maluco/a dançar, porque eu tenho coisa (MUITO) melhor pra fazer da vida. E, pra ser mais clara, esse "recado" não é pra uma pessoa em específico, mas pra QUANTAS ele servir.

*Esse foi um anúncio da campanha "POR UMA PILHA DE LOUÇA SUJA NA VIDA DE QUEM NÃO TEM MAIS O QUE FAZER OU PENSAR", que lanço aqui*

Boa noite.

60's look

Essa eu publico pra deixar a minha amiga viajora ver como estamos por aqui na terrinha. Porque eu adouro quando o look dá certo, mesmo a portadora sendo toda errada. E tendo saído na foto com uma cara de bunda que não se justifica por nada desse mundo...



Ah, a madrasta tá tão bem amarrada e de boca tapada que nem a cara de bunda me impediu de publicar a foto. Quem não quiser, que não olhe - I don't give a tiny rat's ass!

Apenas um dia. ?

De vez em quando um ódio louco se apossa de mim, do nada. Aparentemente, odeio tudo: do clip que está todo arreganhado (filho da puta preguiçoso que não pegou um maior) ao sistema bancário mundial. Até passarinhos entram na dança (esse viado cagão não tinha outro lugar pra se aliviar além dos meus pés?), bem como motoristas de ônibus - bem, pra estes não precisa muito, todo dia odeio um pouco ao menos cada um deles.

Obviamente produzo muito mais, profissionalmente falando, quando estou assim. E é claro que me canso demais também. Mas as coisas mudam um bocado nos meus dias de fúria. Há quem estranhe, porque até meu corpo, meu cabelo, parecem participar do mis-en-scène ativamente: aquele meio inchado, (mais) esquisito um pouco; este, arrepiado como se tivesse ido pra cama molhado. Acho que meu corpo odeia junto comigo e se prepara pra assustar quem possa me ver.

Mas alguém pergunta: por quê? E eu respondo: por onde quer que eu comece? O ódio é algo muito perplexo, que pode vir dos atos em si (como o passarinho com diarréia ou um dos três motoristas que não parou pra mim) bem como de coisas inexplicáveis. As coisas inexplicáveis, no entanto, são as que causam maior frisson e maior intensidade neste sentimento tão ruim. Se bem que a palavra não é bem esta, inexplicável... Acho que seria mais inadmissível. Custa admitir certas coisas. Custa ter uma autocrítica cruel, madrasta e sádica. Custa concordar com a madrasta de vez em quando que seja. Custa não admitir nada menos que o melhor de si mesma... O custo disso tudo pode vir em forma de ódio gratuito, irrestrito e livre, e normalmente ele acaba atingindo quem nada tem a ver com isso - e eu só vejo quando a merda já tá feita. Aliás, a merda feita com autoria própria é o mais inadmissível e, portanto, causadora do ódio. Bem, parece ser um círculo vicioso.

Segundo dizem os que entendem de Física, até os círculos são finitos, dependendo de N fatores. Ao menos o círculo do meu ódio o é - ainda bem. Ainda segundo as ciências, pra cada ação, há uma reação correspondente, e com esta afirmativa eu já não me alegro tanto, porque detesto ser merecedora de certas verdades ditas com muita razão, daquelas que não se pode negar. Essa menina linda me mandou um "textículo" que dizia o seguinte: "So what makes anger different from the six other deadly sins? It's pretty simple really, you give into a sin like envy or pride and you only hurt yourself. Try lust or coveting and you'll only hurt yourself and one or two others. But anger, anger is the worst… the mother of all sins… Not only can anger drive you over the edge, when it does you can take an awful lot of people with you"*. Ela me fez pensar e concordar. E até começar a amansar num fim de tarde tão cansado. Só espero que eu não tenha levado muita gente a dar um passo além do precipício. Ou outras tantas pessoas a quererem me empurrar, quando eu estiver bem na pontinha.


--- Anger: an acid that can do more harm to the vessel in which it is stored than to anything on which it is poured. ---
Lucius Annaeus Seneca
* Meredith Grey disse isto num episódio de "Grey's Anatomy". Viu, eu pesquisei, amiga! rs

For better or worse.

"Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade

Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida"

Canteiros, Raimundo Fagner.

Sem maiores explicações, basta eu saber porquê.

Switchin' sides

Hoje eu troquei de lado... Saí do que ficam as entrevistadas e fiquei no que ficam as entrevistadoras. Motivo para comemoração? Claro, é uma vitória pessoal muito significativa pra mim no âmbito profissional - porque no âmbito pessoal / emocional, vou dizer que é quase tão duro quanto sentar ali e ser entrevistada...

Quando eu e ela fomos ao show do Léo, conversávamos sobre entrevistas, procura de empregos e como se fica durante uma entrevista em si. Quando eu disse que meu problema era, na maioria das vezes, passar segurança e entendimento demais (dependendo do cargo que se almeje, isso é fatal, pois mostra que tu tá muito preparada e não vai se satisfazer com o que tão te oferecendo ali, ao menos não por muito tempo), ela sorriu e disse "é, você tem uma segurança impressionante mesmo!". Já não é a primeira nem a segunda pessoa a dizer isto de mim, e nem vou discordar ou tentar mostrar meus pontos fracos, não: eu sou segura pra caralho no que sei. Se eu disser pra alguém que sei fazer café melhor que a maioria das pessoas é porque sei mesmo (e meu café ruleia mesmo, como diria a Lekkerding). Agora, se me perguntarem quanto às minhas habilidades enquanto passadeira de roupa, digo logo que sou tão boa em passar roupas quanto essa mulher cantando "Without You" (Bridget, essa é inesquecível!). Sei o que faço bem e digo mesmo que faço bem, e se isso é segurança ao extremo, eu a tenho, sim.

Mas sentar do outro lado da mesa hoje me deu um ângulo até então inédito quanto às entrevistas: observar e computar os erros e acertos de cada candidata que avaliei. Sou muito metódica neste aspecto, não admito certas coisas e posturas numa entrevista, como falar mal abertamente do seu ex-empregador ou ir de sandália de dedo e descabelada numa entrevista com alguém da empresa que está procurando (e sabendo que a vaga exige, dentre outras coisas, boa apresentação). Me vi em alguns destes erros, em tempos passados ao menos, e também tive dó de algumas ali. É feio dizer isto? Não sei, mas tive dó, sim, pela vontade que estão de trabalhar, contrastante com a inaptidão evidente para conseguir o cargo com os requisitos que ele tem. Eu sei bem como é isto, há muito pouco deixei de estar do lado de lá. Emocionalmente, é meio perturbador...

Mas a minha dó ficou por aí, já que não posso arriscar contratar alguém que não satisfaça os pré-requisitos estabelecidos. E aí volta a Aline metódica, fria e calculista - a Aline profissional. Sou até piadista no trabalho, gente, acreditem! Mas só quando dá pra ser. Não admito um "bicho pegando freneticamente" mode ON e a bela na sala do cafezinho, rindo e brincando, enquanto me deve um relatório. Assim sendo, das várias pessoas que entrevistei, apenas UMA me agradou - mesmo assim, com ressalvas, mas vá lá, preenche o que eu preciso - e pedi mais selecionadas pra semana que vem.

Hoje sei onde errei nas minhas entrevistas que não vingaram - ao menos em quase todas, já que houve algumas que não ganhei simplesmente porque não eram pra ser, também sei disto. E vi que é muito mais difícil entrevistar e dispensar alguém do que eu poderia imaginar, porque vi nos rostos daquelas mulheres o quanto estavam ansiosas e precisando da vaga (uma delas não, tava tão desdenhosa que quase perguntei porquê estava ali. E não venham me dizer que era como eu, segura demais, porque nunca desdenhei de nenhuma vaga a qual me submeti) mesmo que não preenchessem todos os requisitos... Mas a lição é muito valiosa. Aliás, lições são boas, né? Sempre são.

Meme sonhos

O Paulo querido passou este meme pra mim faz um tempinho, mas juro que não fiz antes porque não tive como... Agora, vamos lá:

8 sonhos que a gente tem que realizar antes do grande encontro com Deus.

Regras:
• Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de ir embora daqui;
• Passar o meme para 8 pessoas;
• Comentar no blog de quem lhe passou o meme;
• Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da "intimação";
• Mencionar as regras.

Vamos nós às minhas oito coisas:

1. Ser mãe - se não parindo um filho, adotando um;
2. Escrever um livro.
3. Me dedicar a um projeto gratuito de ensino para crianças e fazer só por elas, sem precisar da grana;
4. Ter como fazer de pai e mãe um casal de velhinhos bem mimado;
5. Conhecer "gentes" em específico;
6. Me formar em Direito;
7. Conhecer a Europa - ao menos Grécia, Itália e Inglaterra;
8. Parar de fumar (ao contrário do Paulo, desta tenho certeza. Odeio perder apostas!).

Gente, eu não gosto muito de regras fora do trabalho, então nem indicarei - façam todos, vão!! E me digam seus oito sonhos mesmo que não façam o meme nos blogs que vocês têm (ou não têm)!

Resumindo:

Hoje fez um sol lindo, desde bem cedo. Eu me atrasei 15 minutos pro trabalho. Nunca me atraso.

Os problemas de trabalho que não dependiam de mim (mas poderiam custar até minha cabeça) se resolveram. O meu humor chegou até a melhorar de repente. Eu nunca tenho 100% de bom humor na TPM.

Saí mais cedo do escritório pra trabalhar na rua. O taxista podia ter ido pela praia, mas escolheu o caminho feio - a Prainha é um lugar que Deus resolveu fazer pra Ele mesmo, só pode. Eu sorri e olhei em volta e, mesmo no caminho feio, até achei coisas bonitinhas.

Cheguei em casa ainda com a luz do sol, mesmo que fraca. Tava um calor daqueles. Tomei um banho frio de meia hora, de cabeça e tudo.

Não são nem dez horas e já estou em casa faz tempo. Não tenho lugar pra sair. E tou tão satisfeita que quase esqueci da minha cólica.

"Porque as pessoas nunca gostam de saber das coisas boas...". Uma amiga acaba de me dizer isso e eu até concordo com ela, se falamos da maioria das pessoas. Mas espero que haja exceções, como eu acredito que você seja.

São 22h01. Minha amiga ensinou que é assim que escreve e fiquei feliz. Adoro aprender coisas novas mesmo que nem sejam de uma importância tamanha.

Isto é um resumo do meu dia. Ao menos até agora. Espero que não todo ainda, porque estou curiosa e, além disso, preciso terminar um assunto começado outro dia...

Agridoce

Resolvi transparecer, aparecer e me mostrar. Caiu a armadura, caiu o capacete, derreteu a maquiagem e o penteado foi embora com a chuva que ainda cai. Fico nua de uma vez, porque nada é mais velado e misterioso que a nudez de alguém - mesmo que seja a da alma. Mostro minha mente como num microscópio e o coração como numa cirurgia cardíaca.

Eu sou péssima, sou exigente, sou responsável, sou mandona, faço cara feia, xingo vários palavrões e não hesito nunca em pisar com salto agulha quando é preciso. Ando sempre com o semblante fechado, antipática e apressadamente. Não sinto, simplesmente raciocino.

Eu também sou ótima, boazinha, irresponsável, paparicadora, vivo sorrindo e dizendo coisas bem singelas, além de (quase) sempre pensar mais nos outros do que em mim. Ando quase que dançando, sorrindo e desejando bom dia a quem passe, devagar e olhando sempre a paisagem de onde vou. Tento sentir o máximo que posso, mesmo que um simples pingo de chuva.

'Cause it's a bittersweet symphony, this life
Trying to make ends meet
You're a slave to money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the veins meet yeah


Mas não me separe como se uma fosse independente da outra. Sou duas, sou dez, sou um milhão, mas sou só eu. Aquela que reza toda noite mas blasfema nos momentos mais fúteis, a que acarinha enquanto esfola, a que sorri enquanto xinga e a que faz cara de séria quando diz as mais ternas palavras. Sou uma mulher que, quando escreve pra si, é lida por alguns e, quando escreve pra todos, quase ninguém lê. Passo pela vida numa bicicleta sem freios, como nos tempos de criança fazia - e foi naquele tempo mesmo que aprendi a andar sempre com joelheiras, cotoveleiras, capacete e, quem sabe, até um colete. Me jogo sempre, me dôo pouquíssimo e, quando faço isto, ainda assim o faço com uma reserva própria que não pode ser tocada.

No change, I can't change
I can't change, I can't change
But I'm here in my mold
I am here in my mold
But I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mold
No, no, no, no, no, no


Houve um tempo, sim, em que andava de bicicleta nua, me doava acima do que tinha pra dar e era só uma. Com o tempo, os tombos e as falências, aprendi. Aprendi a medir, a segurar, a me proteger e até a cair - porque cair é sempre necessário e faz bem, desde que não seja uma queda que resulte em invalidez permanente ou morte. E mesmo tendo aprendido, não fiquei amarga, ao menos na parte mostrada em cirurgia, onde guardo um pouco de açúcar e afeto ainda.

Well, I never pray
But tonight I'm on my knees yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free now
But the airways are clean and there's nobody singing to me now


Esta sou eu, doa a quem doer, mesmo que este quem seja eu mesma. Veja só, estou nua e nunca fui tão misteriosa, imperfeita e coberta como agora. Essa é a maior nudez que posso dar a alguém, a mais embaraçosa, a mais aberta e a mais reveladora... Ainda assim, existem partes perfeitamente ocultáveis quando se está nua e nelas estão alguns segredos que nem eu mesma vejo no espelho quase - a visão não me agrada, só olho nestes lugares quando é absolutamente indispensável que eu o faça. Acho que você nunca verá estes lugares, ninguém verá estes lugares de novo. Ao menos não com tempo suficiente para vê-los o quanto seria preciso a fim de enxergá-los de verdade.

A não ser que você enxergue muito, muito bem e raciocine muito, muito rápido.

*Trechos de Bittersweet Symphony, The Verve

Perguntas, respostas, interrogações sem fim

Eu só queria saber onde ficam as respostas... As perguntas, eu as tenho aos milhões comigo, desde que aprendi a falar (ao menos que eu me lembre, talvez já me perguntasse que lugar escuro e molhado era aquele antes de sair da barriga da minha mãe) e muitas delas nunca têm resposta. Ao menos não satisfatória.

Não falo nem das mais difíceis aqui, não, como as clichês "para onde iremos?" ou "de onde viemos?" ou mesmo "o que será que tenho de errado?". Falo de perguntas simples, diretas e objetivas que quase nunca são respondidas por alguém ou por coisa alguma, daquelas que a gente faz num momento descontraído e sem usar de retórica. Ah, porque a retórica é uma das minhas coisas favoritas... Mas nem dela estou falando aqui, excluam-se as retóricas do meu questionamento sobre respostas. Quero respostas pros porquês mais simples e óbvios e parece que elas não vêm nunca, se escondem e se esgueiram como ratos num beco imundo.

Não saberia passar pela vida sem perguntar - vivo perguntando tudo a todos que conheço. Confesso que respondo a poucos dos que me perguntam sobre mim mesma, mas quando o faço, faço com verdade, o que nem sempre agrada à quem perguntou, já que a verdade não vem embaladinha pra presente, muito menos pintada de cor-de-rosa e estrelinhas piscantes. A verdade pode ser agradável aos olhos e aos ouvidos, sim, mas não é este seu principal papel no mundo - quase nunca ela será aquilo que você ou eu queríamos ouvir ou ver.

Mesmo perguntando muito, guardo várias perguntas aqui na minha garganta (ou nos meus dedos) e não é pelo medo da resposta, que pode ser uma verdade não agradável. Guardo as perguntas numa bolsinha bem fechada porque elas podem fazer com que os inquiridos lembrem-se da resposta e da verdade e não acredito ter o direito de ficar trazendo à tona os amargores e arrependimentos de ninguém, principalmente daqueles de quem gosto. Às vezes, tenho uma vontade louca de perguntar certas coisas, e me calo. Simplesmente calo e seguro a pergunta maldita dentro de mim, e tento nem deixar que percebam que eu queria mesmo era perguntar... Penso que pareço meio indiferente de vez em quando, mas não é o caso. Se tem algo que não sou é indiferente: tudo que acontece, por menor ou menos importante que seja, com alguém que eu me importe ou mesmo só conheça, me modifica e me afeta. Eu sou assim, acho que nunca deixarei de ser, e nem reclamo porque gosto de sentir por quem me cerca de alguma forma.

Queria que, pra esta pergunta - "será que ela não se importa com nada?" - todas as pessoas quem me conhecem saibam da resposta: sim, eu me importo, me afeta e eu me preocupo. Só não vou te perguntar, mesmo que isto signifique ficar com uma interrogação gigante entalada aqui em mim. Detesto interrogações, mas detesto mais ainda incomodar.

Quickies - porque nem pra elas tou tendo tempo!

Gente, tou amando o trabalho novo, viu? Trabalhando como uma escrava, mas adorando anyway. Tou fazendo o que gosto, né? É sempre muito bom...

-------------------------------------------------

Meu filhote Baraquísio está na UTI até início do mês que vem, quando será meu de novo. Não sei até quando - confesso que não dirijo desde o fatídico dia e que não sei o que vou sentir quando entrar nele de novo, e isso tá me preocupando. Enfim, a vida é essa mesmo (ou não, a gente que anda meio anestesiado mesmo) e sigamos em frente. Mas se houver uma próxima vez (Deus que nos livre a todos), eu juro que digo pra ele: "Leva tudo, mas por favor põe fogo quando acabar de depenar, sim?".

-------------------------------------------------

Eu ando devendo respostas aos comentários, comentários nos blogs que leio sempre, mas não é falta de atenção. Continuo lendo tudo mesmo que via Reader, mas nem sempre consigo comentar, gente, porque a minha mesa é absolutamente no meio do único ambiente aberto do escritório e a minha tela fica DE FRENTE pra mesa do meu chefe. Pega mal, né, galera, ele me ver lendo e comentando blogs...

-------------------------------------------------

A parte melhor de ter voltado a trrabalhar é ter minha grana de novo e poder fazer várias coisas que estava com vontade há tempos, como comprar roupas do tamanho certo (estou sumindo, tá, aviso logo e coloco fotos quando der), cuidar das gordurinhas que não vão embora sozinhas nem com reza braba, começar um novo esporte e viajar. Muito, muito. Aqui não paro mais, aviso logo: preparem-se para a carioca louca de cabelos curtos =)

-------------------------------------------------

Você sabe que ama uma pessoa (e que amou de forma apaixonada, mesmo que tenha terminado) quando ela passa por algo tão delicado e de tanto risco e, mesmo há quatro anos sem se verem e tendo suas vidas mudado completamente, você chora e agradece a Deus por ter dado tudo certo numa cirurgia de risco e por esta pessoa estar mais feliz agora, além de com mais saúde. É bom demais saber que o tempo juntos não foi tempo perdido, mas tempo muito bem aproveitado - mesmo que as coisas tenham mudado, o amor tenha se transformado e não tenhamos ficado juntos até velhinhos. Eu desejo isso a cada um de vocês, viu - não necessariamente não ficarem juntos até velhinhos, mas que como eu possam dizer que foi maravilhoso enquanto durou.

-------------------------------------------------

Ah, gente, eu sou má mas nem sou de pedra. Há quem possa atestar isso...

-------------------------------------------------

Cabelos novos estão me agradando deveras. Além de terem feito sucesso, são tão fáceis de serem arrumados que acho que manterei esse corte por um bocado de tempo, viu... Além disso, agora que estou usando meus óculos novos (lindos e vermelhos, vocês verão!), dizem que estou com cara de séria e/ou de professora. Tudo bem que eu sou professora (mesmo não exercendo no momento, dêem-me os parabéns, tá?), mas séria?! Adorei a máscara nova! =D

-------------------------------------------------

A loucura das gentes me assusta cada vez mais. Tanto quanto a minha, ou um pouco mais - a minha é mais light, menos nociva. Mas várias coisas andam me assustando ultimamente, mesmo algumas que deixariam a maioria das pessoas só felizes. Eu me assusto com coisas que me deixam feliz, gente, o que posso fazer?

-------------------------------------------------

O que posso fazer eu não sei, mas o que vou fazer em relação a uma dessas coisas eu já sei e já até estou providenciando... Dizem que Deus protege os bêbados e as criancinhas, mas eu espero que a proteção se extenda às mulheres meio doidas que gostam de desafios. Eu até mereço de vez em quando, Papai do Céu!

-------------------------------------------------

Como não vai dar tempo, vou agradecer aos comentários aqui: thanks a lot pelos elogios ao cabelo e, quanto à costela, eu passo a receita assim que papi me revelar a tal. Porque Papi é mestre-cuca nas horas vagas (as minhas), então pego com ele e repasso. Quanto aos memes, eu digo que também não é descaso, babies, mas titia anda sem tempo e meio sem inspiração, mas titia tentará fazê-los, viu?

-------------------------------------------------

Só isso tudo. Ah e não deixem de ouvir a Rádio do Cacete, aqui do lado - hoje adicionei umas novidades muito legais... Pra não me despedir sem música, deixo um pedacinho aqui que muito tem me feito pensar quando ouço (sim, eu estou pensativa - menos que ontem, mais que amanhã):

"There are no unlockable doors
There are no unwinnable wars
There are no unrightable wrongs or unsingable songs
There are no unbeatable odds
There are no believable Gods
There re no unnameable names,
Shall I say it again?"


Ozzy Osbourne

Imagens de um fim de semana



Quem gosta das Barbecue Ribs do Outback? Digo que estavam 99% parecidas, mesmo tendo sido feitas no forno... Comi demais!!



Sim, eu sou maníaca por tesouras e cortei meu cabelo de novo! Não liguem pra cara de sono, hoje é domingo e esta foi feita depois de um sábado com a comida acima acompanhada de algumas (muitas) cervejas =o) Ah e nem é tão ruim assim a minha cara de sono, né?

Bom domingo pra vocês, criançada! Hoje é nosso dia =oD

Onde estamos todos nós?

Nestes últimos dias, li diversas manifestações contrárias à atual futilidade das aparências - nada contra uma boa aparência, claro que não, mas a coisa anda plástica ao extremo, por favor! - das mais anônimas (à mídia, claro, porque ela já é famosa pelos textos divinos e ela também, além de serem duas lindas) às mais famosas (como a citada pela minha amiga no post de hoje). Fico feliz, é claro. Mas imediatamente me peguei pensando no seguinte: onde estamos nós, os que pensam e não querem só as frutas e, principalmente, as cascas delas?!

Nós estamos aqui. Anônimos ou famosos, lindos ou feios (aos olhos plásticos, que fique claro), sempre inteligentes e muito, muito interessantes. Nós estamos nas ruas, nas casas, nos restaurantes, nos cinemas e nas boates. Nós chamamos a atenção sempre, podem ter certeza - mas quase nenhum outro ser nos chama a atenção, já que dela só usufruiu quem tem mais a mostrar do que um corpo perfeito e um rosto esculpido em Carrara. E é aí que mora o problema - porque nos divertimos e entretemos com estes, mas sempre procuramos por aqueles e dificilmente conseguimos achá-los, já que a vida hoje corre muito mais do que anda - porque atenção total nunca conseguimos dar a quem não nos desperte algo mais do que um tesão animalesco.

Você beija o carinha lindo na boate, ele beija a mulher gostosa que conheceu numa festa. Vão até o fim, porque está instintivamente bom. E depois? Há algo depois que não seja uma pergunta óbvia e ridícula ou um questionamento sobre meios de transporte para a casa de um ou outro? Há algum sorriso que não seja de simpatia? Se vocês tiverem dado sorte, haverá algo mais, sim, mas a regra é que seja tudo muito mecânico, normal e chato. Muito chato. E aí o vazio que nos consome é engolidor como um buraco negro voraz, que nos leva pro escuro e ainda joga na cara que não há nada ali.

Eu não gosto de coisas chatas, gosto de rir e de fazer rir. Meu sorriso é meu cartão de visitas, e quando ele some, não sou mais eu - ao menos quando some por chatice e não uma tristeza contundente e cheia de razão, estas a gente perdoa e ainda chama pra um café, de vez em quando, porque são parte de nós - e eu deixo de estar presente, de alguma maneira. Mesmo que o corpo reaja ou mesmo que aquele meu corpo ache bom, não sou mais eu quem habito aquele lugar. Eu quero mais, eu quero rir depois, eu quero ouvir e falar besteiras e fazer piadas; eu quero, acima de tudo, sorrir. Quero ter vergonha e ter orgulho, quero ficar quieta e fazer bagunça, quero ser eu mesma, sempre. E só quem me faça ser assim me terá por inteiro, mesmo que numa única noite. De resto, tiveram uma casca, um invólucro, um plástico, uma embalagem. E não sou mais criança pra gostar mais de papel de presente ao invés do que veio embrulhado nele.

As famosas e esfarrapadas

Ontem, após o famoso janelón e outras conversas paralelas antes de ir para a cama, me veio à cabeça uma questão de encontros: a desculpa feminina. E nem falemos aqui da famosa dor de cabeça, porque esta é coisa de mulher dos anos 70! As de hoje são muito melhor elaboradas e tem várias explicações além do simples "não estou a fim de dar para você", como tentarei elucidar (oi? Rui Barbosa na área!) daqui em diante.

Cena 1: você, homem (sim, porque as mulheres todas sabem e hão de concordar com as minhas explicações aqui) está saindo com a mulher pela primeira vez, a coisa tá boa e esquentando cada vez mais. Quando você sugere irem pra um lugar mais calmo (ou ouvirem um som no seu apartamento ou alguma-cantada-dessas-que-só-quer-dizer-vamos-para-a-cama-logo), ela vira pra você e diz que não está preparada psicologicamente praquilo, ao menos não naquele dia. Claro que todo homem deve ficar muito puto com uma resposta destas, eu suponho. Mas vamos às explicações:

* Se vocês se conheceram naquela noite: não é nada com você, mas ela provavelmente está usando uma daquelas calcinhas beges (que a gente NUNCA deveria usar pra sair, sabemos, mas às vezes nem acreditamos que a noite renda alguma coisa) ou então a depilação não está em dia! E isso normalmente significa que ela quer que seja maneiro (ou então iria de qualquer jeito e te daria o número errado mesmo. Sim, mulheres usam vocês, homens);

* Se o encontro estava marcado antecipadamente: aí, há mais de uma possibilidade. Pode ser que ela esteja fazendo charme (o que, na minha opinião, deixa de ter sentido depois de certa idade, mas vá lá) e queira te deixar mais a fim, o que é sempre arriscado; pode ser que ela não estivesse muito animada antes de sair com você e se enquadre num dos dois casos da opção anterior (ué, a gente às vezes sai mesmo porque não tem nada mais interessante a fazer - deal with that, kids) e tenha se animado durante o encontro, daí não vai querer parecer a mais relaxada das mulheres; E, last but not least, pode ser que ela realmente não esteja preparada psicologicamente! Sim, há a opção de ser verdadeira a frase. Pode ser que ela venha de um relacionamento recente, pode ser que ela não esteja muito bem, pode ser que esteja naqueles dias e não queira falar - são diversos os motivos que nos deixam psicologicamente despreparadas.

O fato é que, em 99% dos casos, é só uma frase bonitinha pra justificar algum outro problema que não seria tão compreendido (vocês homens nem sempre entendem que é realmente difícil pra nós fazer isso se não estivermos bem conosco) ou não soaria nada bem. É claro que algumas mulheres são mais cheias de desculpinhas que outras (oi? eu sou cara de pau e falo o problema mesmo), mas todas nós poderíamos contar ao menos um episódio no qual usamos uma desculpa esfarrapada. E aí, o que vocês me dizem disso, mulheres? E os homens, já sabiam, nunca pensaram ou também tem das suas desculpas pra dividir com a galera?

Intercâmbio Cultural Rio X Poa

O Jurandir disse que seria um "exercício para loucos", mas eu nem concordo - foi, de fato, muito legal. Nos comentários do último post deles, El Cafa-mór me propôs analisar e escolher o melhor post de cada um deles, na minha humilde opinião, e venho agora pagar a minha dívida.

Meu favorito do Hannibal: Aluguel de Pires. Já sei que vão dizer que é meloso e que o Aníbal não é este, mas sou obrigada a discordar. Acho realista e triste e absolutamente "a cara" dele, porque talvez as pessoas consideradas mais cruas na vida sejam as que melhor observam as mazelas do mundo.

Meu favorito do Jurandir: Se você não tem paz interior, você não tem nada!!. Na minha opinião, mostra como ele pensa sobre relacionamentos e ele admite algumas "fraquezas" e medos. Com todos os textos dele, vejo ali meio que uma síntese da pessoa por trás do personagem, talvez. Se bem que personagens sempre são muito enganadores! rs

Meu favorito do Sacamano: Hora de Voltar. Também expõe um pouco mais que (acho que) seja ele, principalmente no último parágrafo. E a coisa da análise de filmes é a cara dele, convenhamos! Realmente gosto tanto do filme quanto da análise, e mais ainda da analogia - acho que qualquer pessoa menos sã se identifica ao menos com uma frase ali.

É claro que a minha opinião quanto aos três posts tem muito a ver com identificação e nem vou tentar disfarçar. Nos posts escolhidos, me vi de alguma forma e isso obviamente influencia na questão da preferência. Verdade seja dita: Hannibal, Jurandir e Sacamano são três personagens, sim - mas personagens são encarnados por pessoas mesmo que não saibamos quem são estas. E a maneira como estas três pessoas se expressam e escrevem me agrada muito desde que os li pela primeira vez, eu digo. São três caras inteligentes, muito diferentes um dos outros (ao menos escrevendo), agradáveis, gentis e mais reais que muita gente por aí usando o próprio nome - talvez eu esteja me incluindo aqui, quem sabe?

Sempre leio, sempre comento e continuarei a fazê-lo enquanto não discordar do Jurandir a ponto dele me expulsar, enquanto não ofender o Aníbal dizendo que ele é meloso e enquanto o Sacamano não me mandar à m... quando eu disser que "Cidade dos Anjos" é lindo e que eu choro. Gosto de vocês três, suas pestes!

A minha cabeça tão má...

Hoje é domingo, pé de cachimbo.

Nada não, só deu vontade de escrever isso aqui - sempre me lembro dessa musiquinha do Jardim de Infância aos domingos.

Volto depois do escrutínio (que rima com escrotinho, também não consigo dissociar) e das compras de sapatos - que precisam ser confortáveis e de salto baixo, mas só consigo pensar em scarpins pretos de salto agulha, que combinem com minha lingerie nova.

Sim, eu preciso urgentemente de uma lavagem cerebral!

Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante: eu sempre perguntei

Os últimos dias têm sido intensos, em todos os sentidos: experiências ruins, boas, diferentes, assustadoras e compensadoras. E, por favor, não as definam conforme as lêem, porque as coisas que mais me assustam são as mais doces, gentis e que me deixam mais vulnerável. Não vou dizer que a experiência da quinta passada tenha sido normal, não sou hipócrita - foi uma merda, sim - mas, depois que a raiva passou, digo que foi mais uma experiência ruim e só. As dores de cabeça posteriores com documentos, carro depenado e tudo são conseqüências que precisam ser encaradas, nada mais.

Como boa devota de Sunscreen, I remember the compliments I receive and (try to, at least) forget the insults (I'll write to Baz and tell him I've been succeeding) e, por essa razão, a intensidade das minhas coisas e dos meus sentimentos quase sempre vêm das melhores experiências, mesmo que tais sentimentos me assustem e a intensidade das coisas me deixe um tanto quanto pensativa. Sim, sou das que desconfia quando a esmola é muita - sempre fui e sou cada vez mais, por conta de ter sido bem escaldada - e sempre acho que não mereço, que não é pra mim ou que é sim, mas que eu vou fazer alguma merda e deixar de merecer. Não me acho inferior mas conheço meus defeitos e luto contra eles, todo santo dia. Conheço minhas qualidades também (e são várias, eu digo) mas nem sempre são assim aos olhos alheios, como tudo na vida. Minha madrasta má, a auto-crítica ferina, está sempre à espreita e sussurrando ao pé do meu ouvido...

Tudo está dando bem certo e eu mereço, sim. Mereço os elogios, o carinho, o respeito e as sortes, mas até quando? Amanhã o tempo vira, quem vai saber - a meteorologia tem acertado, mas nunca é 100% - e o que acontecerá? No one knows. É por isso que vivo meu presente de acordo com o substantivo: como uma dádiva, um mimo ou uma oferenda, recebendo-o com carinho e fazendo de tudo para merecê-lo. Se vou conseguir já são outros 500, e não vivo em prol de saber do depois de amanhã, até porque este depende muito mais do que eu faça hoje em lugar de divagações e pensamentos.

Mas confesso: às vezes, queria mesmo ter uma máquina do tempo pra saber o que virá pela frente...
Kids from my heart,

Titia amanhã comenta, responde comentários, põe a vida em dia. Porque hoje estou cansadinha, né? Mas, enquanto isso, entendam o porquê de Dangerous Dame, meu novo apelido dado pela Lekkerding:

http://yaya-nemesis.deviantart.com/art/Dangerous-Dame-99480810

Beijos e até amanhã.

COMENTEM lá na página da Lekkerding, hein?

Sempre num baile

- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim:


Tem quem me ache inteligente, tem quem me ache burra.
Tem quem me ache boa, tem quem me ache má.
Tem quem me ache linda, tem quem me ache feia.
Tem quem me ache simpática, tem quem me ache metida.
Tem quem me ache sexy, tem quem me ache sem sal.
Tem quem me ache mulher, tem quem me ache menina.
Tem quem me ache calma, tem quem me ache histérica.
Tem quem me ache esperta, tem quem me ache otária.
Tem quem me ache ciumenta, tem quem me ache insensível.
Tem quem me ache assim, tem quem me ache assado.

Eu concordo com todas as opiniões, sinceramente. Sou de tudo um pouco, um muito de cada coisa - tudo depende de com quem, para quem, porque, quando e onde. Há horas em que sou a mais cheia de mim, noutras sou um saco vazio que só quer quem o encha de um bocado de elogios, pra ver se espanta o ar. Me sinto poética como Vinícius e, no minuto seguinte, patética como Paulo Coelho. Sou capaz de acreditar em quem me diga que sou inteligente por dias, pra num momento ver o quanto pude ser burra.

- Quem é você, diga logo...
- ...que eu quero saber o seu jogo
- ...que eu quero morrer no seu bloco...
- ...que eu quero me arder no seu fogo
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor


Todos nós somos um pouco de tudo, só temos medo de admitir pros nossos travesseiros o quanto podemos ser falhos e fraudulentos, o quanto somos frágeis e etéreos, o quanto gostaríamos de ser bons e espertos, porque vivemos dando topada e ficando de dedos roxos e não aprendemos a levantar mais os pés ao caminhar - muito menos a olhar mais pro chão. Queremos voar, mas não temos coragem nem de pular mais alto. Somos fúteis, covardes e idiotas, mas gostamos de parecer inteligentes, descolados e altamente corajosos e desprendidos. Bullshit! Como diz uma amiga, somos todos attention whores, lá no fundo: nos prostituindo por migalhas de atenção, restos de elogios e trocados de algum tipo de afeto mesmo que meio torto.

- Eu tenho um pandeiro
- Só quero um violão
- Eu nado em dinheiro
- Não tenho um tostão...
Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar


Nada disso muda, nunca mudou. Aumentam os meios de comunicação, permanecem as vontades, desejos e frustrações mais diversos. Amanhã eu voltarei com um post alegre, feliz e radiante - porque continuo sendo tudo isto mesmo num momento como o de agora, ao menos num canto qualquer aqui dentro que pode ser visitado a todo tempo - e tudo fica lindo de novo. É assim que vivemos, apesar de tentarmos negar e ser um só o tempo inteiro, seja esse 'um' como for.

- Eu sou tão menina
- Meu tempo passou
- Eu sou colombina
- Eu sou pierrô


Dito isto, vou até ali ler uns e-mails e uns recados de orkut bem bonitinhos, e dormir pensando que sou só a parte boa. Ou volto aqui e releio essa merda de texto, pra levar a parte ruim, má, seca e amarga pra cama comigo, ainda não sei. O que é certo que serei quem eu quiser, mesmo que seja mentira. E é.

Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
Seja você quem for, seja o que Deus quiser...

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...