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Eu não gosto de deixar nada pendente que possa ser resolvido. Bem, claro que algumas coisas fogem do controle e não dependem só de nós para serem resolvidas (e normalmente são estas coisas que eu mais detesto), mas procuro resolver tudo que posso, assim que posso. E é por isso que eu resolvi fazer um quadro de recados aqui, neste post, nesta Casa, de coisas que eu preciso dizer - mas sou covarde o suficiente pra colocar aqui sem destinatários determinados. Me processem, ora.

Tem recado pra quase todo mundo, tem recado pra mim. Tem recado pra quem não vai ler, tem gente que vai tomar pra si o recado de forma errônea, tem quem vá ler e achar que não é consigo. I don't care. Eu vou deixar os recados aqui, leia quem quiser, não leia quem não quiser - a minha parte estará feita, mesmo que da maneira mais covarde do mundo. E assim vou começando a dar tchau pra 2008, que nem odeio, mas também não amo. Foi diferente, foi bom, foi ruim, foi um ano cheio, mas foi. E que venha 2009 com muita coisa nova e boa, por favor: nem porque eu mereça, já que não é o caso, mas porque eu tou precisando.

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- Você precisa deixar de ter medo de viver ou vai acabar se lamentando mais tarde e pensando em como teria sido. E isso é triste, acredite, porque eu me lamento de algumas coisas, ainda hoje;

- Ódio do mundo não combina com você, definitivamente. Você é muito melhor e mais forte que isso, e sabe BEM que a merda pode ser grande e feder, mas de vez em quando ela é necessária porque nos mantém aquecidos a todos;

- Você precisa pensar menos mas pensar quando for necessário. Deixar de pensar é burrice, literalmente, e burrice não combina contigo, então pense quando tiver de ser racional e sinta quando for só isso que se espera de você;

- Você pode mais, muito mais. E você sabe disso, não precisa de recadinho pra te comunicar isso. Assim, deixa de preguiça e vai atrás do que você quer pra sua vida, ou então ninguém vai fazer isso por você;

- Você foi uma das partes mais conturbadas do meu ano, no bom e no mau sentido. Ainda bem que terminaremos 2008 com a parte boa, eu fico mesmo muito feliz. E que continue como está, pra sempre;

- Você é uma pessoa muito complicada, de vez em quando. Mas não vai conseguir meu ódio, pode desistir. Eu sou teimosa e só costumo odiar pessoas em casos extremos, que com certeza você nem tem como alcançar!

- Você foi uma (boa) surpresa pra mim esse ano. E quero que continue sendo ano que vem também - dversão com qualidade e em boa companhia nunca é demais;

- Você não pode deixar que te tratem tão mal, você não merece MESMO. Você merece o melhor e sempre o melhor, nada menos;

- Eu sinto saudades de você, mas espero só que esteja bem. Aliás, a única coisa que eu vou cobrar é que você me deve um presente - ninguém mandou prometer;

- Você é uma amiga e tanto. Somos tão parecidas que, às vezes, me espanto... Mas é tão bom, tãããão bom saber que alguém nesse mundo me entende até quando eu dou uma de doida! Eu adoro você, linda, e quero te ver logo em 2009;

- Você me deixa preocupada, demais. A distância física que há entre nós sempre houve (aumentou, claro), mas a amizade só faz aumentar e a saudade de você, idem. Que nos falemos mais em 2009 e eu PRECISO matar as saudades de você!

- Você ainda há de me perdoar por ser tão ausente e meio bicho-do-mato, de vez em quando. Mas eu tou tentanto reverter isso, né? Já comecei!

- Você precisa sorrir mais e gargalhar mais, mesmo quando a coisa estiver feia. Porque sorrindo, você acaba resolvendo os problemas e eles parecem muito menores.

Ainda a tempo!

Eu tenho que dar um presente hoje. E como não sou das que nega presente - ou promete e não dá - ei-lo aqui. Não sei se é dos melhores, mas é de coração!

Quando eu tinha a idade dela, a vida tinha mais cor e mais sabor, com certeza. É claro que as dúvidas eram todas questões existenciais e eu achava que ia morrer a cada dia que não saísse como eu esperava, mas ainda assim tenho saudades de vez em quando. Eu a vejo com um rostinho tão delicado e, ao mesmo tempo, tão cheia de força. Quase um rosto angelical, mas um jeito que diz o contrário - no melhor sentido de todos! Um dark quebrado por mil cores e não só no lêiáute dela.

Sinceramente, não sei o que pode ser presente pra ela, vindo de mim escrevendo. Eu já consegui ser mais sincera como ela, me apaixonar mais pela vida e pelas coisas simples dela (pelo que sei, o Subway é uma destas paixões) e ter mais raiva e mais tristeza - acredita, menina, são fundamentais à boa existência e às alegrias que vêm logo depois! - e eu era mais feliz.

Você disse no blog que nunca gostou de fins de ano, e eu sou exatamente o contrário: mesmo que tudo esteja uma merda, eu adoro esta época. Mesmo quando eu não estava perto de ninguém que amo. E se eu puder, de alguma forma, fazer você sorrir com um presente bobinho mas de coração destes, fico muito feliz. Não perca a força, a vontade, a energia que você tem e continue linda assim, por dentro e por fora. Cante, dança e coma, beije e se apaixone, sempre. E nunca se esqueça de que viver, mesmo quando a gente acha tudo uma merda e que o tempo não passa, ainda é muito, muito divertido.

**Eu espero que a Lais não fique chateada de ter recebido o presente no último dia! Linda, é bobo mas é de coração. Um beijo enorme e que 2009 traga tudo de melhor pra você!**

Just a song for the night

Só uma frase da letra: I just want to misbehave!

Porque hoje estou mesmo a fim de encher isso aqui de baboseira!

Bem, eu estou até emocionada. Parece que terei folga. Mas nem contem pra ninguém, já que pode dar zica e olho grande é o que não falta... Deve ser por isso que estou tão prolixa. Cruz em credo.

De qualquer forma, esta merda aqui ainda é minha e eu ainda faço dela o que eu quiser, então vou escrever o quanto de abobrinha me der na telha. Nem leiam, é perda de tempo. Peguem aquele livro que ganharam no Natal - ou aquele que está criando fósseis de mosquitos na cabeceira e vocês nem abrem - e leiam, vai ser muito melhor. Eu avisei.

O dia hoje está meio universo paralelo, em todos os sentidos. O dia de trabalho foi normal (talvez o primeiro em quase três meses) e agitado, sem crises de stress. Tive dois e-mails respondidos por quem menos esperava resposta, ao menos hoje em dia. Estou com sono apesar de ter dormido por 19 das 24h do dia de ontem. Chove e nem estou down. Enfim, é tudo muito estranho no dia de hoje... Só me faltam duas ou três coisas pra acreditar que, daqui a um minuto, vou encontrar o Bizarro ao invés do Superman aqui na janela, revoando pelo bairro.

Quase sempre...

Relendo o post aqui debaixo, só me vem uma coisa na cabeça: puta que pariu, como eu escrevo mal quando fico menos fria.

Pela atenção, obrigada.

Uma grande figura de linguagem

Bem, o dia de Natal está a poucas horas de ir embora, então voltemos ao meu normal. Sim, ao meu normal, porque quanto ao normal de cada um, eu entendo cada vez menos.

Lendo o texto-presente que a Taynar escreveu pra mim e eu amei (até chorei quando vi que era meu presente, apesar de não ter sabido antes dela dizer), fiquei orgulhosa. E morrendo de vergonha. Sim, tudo-ao-mesmo-tempo-agora, como canta Paulo Miklos (ou Arnaldo Antunes, não me lembro bem) naquela música. Eu sou muito daquele jeito e, conforme ela me disse depois que li, "é a tua cara, mulher!". Eu até acredito que seja a minha cara pro mundo e, de vez em quando, pra mim também. Detesto amarras no sentido ruim da palavra - há amarras boas, que nem machucam - e odeio esperar, mas disso todo mundo já sabe. O problema todo reside em ainda me ver presa a estas coisas de vez em quando.

Eu sou aquela, mas sou muito diferente dela em alguns momentos. Eu questiono e não entendo as coisas e as pessoas, mas me amaldiçôo cada vez que me pego pensando em "mas, poxa, será que ele é assim mesmo, será que eu fiz alguma coisa, será que está bem?..." etc. Porque ninguém tem a menor obrigação de se explicar, eu mesma não gosto de precisar desenhar pra que as pessoas me entendam - e por isso mesmo a grande maioria me tenha como louca ou antipática ou completamente desapegada - e NUNCA me permito sequer pensar em exigir que alguém o faça pra mim. Se eu fosse um livro, talvez fosse "Hamlet" em seu original, com inglês arcaico, que só se lê com um dicionário do lado e, mesmo assim, vai ter que tentar adivinhar ou interpretar grande parte do que está escrito ali. E eu adoro Hamlet, no original. Até consegui ler metade dele - teria lido inteiro se ainda o tivesse comigo, já que ele me foi tirado num despejo marítimo, há quase um ano - e entender, mesmo que do meu jeito.

Se eu sou um livro escrito em uma língua que nada lembra a atual e de uma forma tão cheia de filosofias nada baratas (não, eu não sou modesta mesmo), como posso querer que alguém que eu goste seja "Brida"? Nem posso querer e nem quero, já que eu odiaria uma pessoa Brida. No máximo, estourando, gostaria que algumas pessoas fossem um "Good in Bed": simples, clichêzinho mas agradável - mesmo assim, que fossem este por alguns momentos, uns minutos quaisquer, e olhe lá. A verdade é que não admito querer que alguém seja alguma coisa e, ainda assim, me pego querendo, de vez em quando.

Voltando ao meu presente, eu sou aquela, sim, mas uma frase me incomodou (no melhor sentido de todos, menina!) muito e me fez pensar: "Ela não ia ficar esperando. Nem respostas, nem voltas, nem nada". Eu quero ser mais assim. Ou menos, ainda não descobri. Tem dias em que quero esperar e questionar, tem dias que simplesmente desejo não ter memória. Me pego travestida de Cruela e com jeito de Chapeuzinho Vermelho; me vejo com um look todo Rapunzel e a alma de uma Rainha Má. Talvez seja até bom ser meio paradoxo, meio solta, meio 'I don't give a tiny rat's ass' de vez em quando, mas não o tempo todo. De vez em quando, eu quero ser simples, doce e preocupada - e eu já sou, só não consigo demonstrar sem sentir vergonha ou me achar uma idiota.

Eu sou aquela, eu sou a antítese daquela, eu sou esta aqui. Não me agrada muito quem sou, mas eu tenho que aprender a conviver comigo mesma e tentar tornar a nossa relação pacífica, se possível. "Quantos EU num texto", podem pensar os que lerem isso aqui. São muitos mesmo. Mas eu sou mesmo fã de paradoxos e oximoros. Ou nem seja fã, sou feita deles. Assim, comprem uma Gramática os que quiserem me decifrar, mas já adianto que de nada adianta, porque eu sempre amei a Última Flor do Lácio e nem assim consegui me entender...

**Eu já agradeci mas nunca é demais: obrigada, Taynar, pelo presente. E que ninguém chame de marmelada, já que o sorteio foi eletrônico! Eu amei, de coração, tu sabe disso. E DU-VI-DO que precise trocar de nome, ainda! Um beijo, menina.**

Merry Christmas!

Não vou ficar aqui desejando todos os clichês básicos mas verdadeiros pra este Natal, pra vocês, não: saúde, paz, felicidade, tudo de bom... Vou desejar mais. Desejo que Papai Noel tenha trazido um saco cheio de risadas, de lágrimas e de momentos inesquecíveis a todos, sejam de que tipo forem. Desejo que todos sintam-se beijados e amados, abraçados e felizes, comam bastante rabanada (eu amo rabanada e comi até passar mal ontem!) e durmam felizes e agradecidos por estarem neste mundo que, às vezes, é tão injusto e ingrato, mas até consegue ser bom e feliz.

Feliz Natal, babies.

I don't kill dogs, but that's me



Me digam se eu não mereci o prêmio de Melhor Fantasia Feminina?! Claro que mereci!

Enfim, a Lekkerding acertou de primeira, essa menina - poxa, só porque eu tenho cara de má e adoro ser perua?! E vocês, gostaram?

Amanhã eu posto alguma coisa. Hoje é só a foto pra comemorar o prêmio - e o fim de semana MARAVILHOSO que eu tive. É bom demais ter amigos =)

End-of-year Quickies (ao menos elas, ao menos aqui!)

Eu hoje aluguei a minha fantasia pra festa de sábado que vem - festa à fantasia num hotel fazenda divino, com vários amigos que não vejo há muuuuito tempo - e AMEI. Não é a Tempestade como eu queria, já que aqui no Rio ninguém tem pra alugar e não tive tempo de mandar fazer. Bem, nem as minhas unhas eu ando tendo tempo de mandar fazer...

Mas voltando ao assunto fantasia: aluguei e é demais. Claro que ninguém vai saber qual é antes do dia. Mas eu prometo tirar 581.936 fotos e mostrar ao menos umazinha aqui, quando voltar. Pra quem quiser imaginar, basta saber que eu não sou nada menininha, detesto rosa, tenho a maior cara de pau de todas nestes casos mas continuo odiando minhas pernas - entonces, babies, não é curta. É de um personagem conhecido de desenhos/filmes. É chic, luxuosa e excêntrica. E pronto, que daqui a pouco eu acabo dizendo quem é.

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Hoje eu vi uma destas Kombis nojentas (velhas e caindo aos pedaços) que fazem o "transporte alternativo" aqui no Caos-Maravilha com um adesivo na parte traseira, que dizia o seguinte: "ATENÇÃO, MANTENHA DISTÂNCIA - EMBARQUE E DESEMBARQUE". Eu chamo de verdadeiro, já que os filhos de chocadeira nunca param onde deveriam parar (e me perdoem pelo adjetivo carinhoso, eu sei que há exceções, mesmo que raríssimas), apesar de ser tragicômico. Bem, então decidi mandar fazer um pra colocar na traseira de Baraquísio, meu negão: "ATENÇÃO, MANTENHA DISTÂNCIA: ADORO FREIAR QUANDO BEM ME DÁ NA TELHA". É quase a mesma coisa, não?

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ADORO quando vejo uma amiga cuspir pro alto e cair na testa bem estatelado, quando é por uma boa razão! Espero que caia, fique e ela ainda ria muito disso. Demais. Você sabe que é contigo, menina!

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Eu hoje me segurei HORRORES pra não cometer um ato que me renderia um processo. Dizer o que eu pensava na hora me deixaria muito feliz, me faria gargalhar logo em seguida, mas depois ia me dar tanta dor de cabeça... Segurei. Como diria a Dra. Jones, tomei um Dramin e passou. Mas que a idéia de dizer já me fez rir alto, ah, fez.

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Ainda há chances de me formar na facul ano que vem. Amanhã tento garantir o semestre seguinte e, dando certo (vai dar, vai dar!) eu já sei o que precisarei fazer. E farei. Porque me formo em julho e, daí em diante, serei LIVRE pra me mudar novamente - pode até ser que nem aconteça, mas só de saber que eu POSSO sair daqui, o alívio será enorme - e a alegria, maior ainda.

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Eu ganhei um presente de Ani-Natal do irmão: um som para Baraquísio, meu filho, que anda tão mudo que chego a ficar triste. É igualzinho ao que estava nele antes do acontecido e é muito muito bom. Acho que viraremos o Ano Novo com Bará "falando" a plenos pulmões!

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Falando em virada do ano, a corna aqui vai trabalhar dia 2 de janeiro. Sim, provavelmente serei a única no escritório - quiçá na face da Terra, eu diria. Vou tirar folga uns dias, mas é claaaro que eu tinha que ser a escalada pro dia 2. Anyway, estarei lá, n'est pa? Já que não vou mesmo sair daqui (e que Deus ajude esta pobre alma, porque eu tomarei um porre digno de 2009 horas de ressaca e o corpo vai estar estragado, com certeza), vamos "entrar o ano" trabalhando. Muito prazer, Aline de Caxias.

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É isso por hoje.

Chandler

Pra quem não sabe (duvido que ainda haja um), eu amo Friends. Amo amo amo. Assisti a todos os episódios, sem exceção. Como tudo que a gente gosta na vida, sempre há momentos mais marcantes e que a gente goste mais.

Um dos meus episódios preferidos é o "The One With The Jellyfish" - eu sempre me acabo de rir quando assisto, não importa que já o saiba praticamente de cór. Mas uma das coisas mais engraçadas deste episódio, pra mim, é o Chandler atrás da porta, quando a Rachel sai gritando pro Ross, após brigarem, "just so you know, it's not that common, it doesn't happen to every guy and IT IS a big deal!" e ele sai de trás da porta, apontando pra ela e grita "I KNEW IT!!!". A-do-ro!

Anyway, por que citar o episódio que mais gosto de Friends? Simples: eu ODEIO usar essa frase, por mais que ame quando o Chandler a grita. Detesto mesmo, porque ela sempre vem acompanhada de um sentimento de eu-sabia-que-seria-assim-e-mesmo-assim-fiz-burrada. É claro que a uso cada vez menos (e nem é por esperteza, não) mas ainda sinto um ódio absurdo cada vez que sou forçada a dizer isso a mim mesma. E também não gosto de dizê-la a qualquer outra pessoa de quem eu goste, porque eu sei o que ela vai causar. De qualquer maneira, algumas coisas têm me feito pensar/dizer/gritar "I KNEW IT!!!" ultimamente.

Então, crianças, quando titia disser "eu sei que vai ser assim", acreditem. Ao menos quando ela falar dela mesma.

Isso não é um post

Eddie Vedder canta "I'm still alive" e eu juro que gostaria muito de cantar junto, mas não posso - já passa das onze e o prédio inteiro acordaria, se eu o fizesse tão alto quanto tenho vontade. Chovia bastante quando eu saí do trabalho hoje, mas eu não podia pegar chuva com a sandália que eu usava, já que podia cair e pá: olha a merda feita, a mulher enorme com pé torcido e chorando em público, que nem uma retardada. Fiz duas medidas de brigadeiro há uns vinte minutos, mas não posso comer porque engorda e nem faz crescer. Queria muito mandar meu chefe catar coquinhos e a vaca que trabalha comigo à merda, mas não posso porque dá processo. Algumas pessoas que conheço merecem ouvir umas verdades, mas não posso dizer porque não tenho nada a ver com a vida delas, teoricamente falando. Eu quero mandar tanta gente, mas tanta gente, se enxergar (no bom e no mau sentido)... Mas quem sou eu pra mandar qualquer coisa?

Eu tenho opiniões formadas, princípios, sonhos e propósitos, mas ninguém dá a mínima pra isso. E nem deveria, já que são meus. Se eu dou atenção às pessoas e ao que elas me dizem, faço porque quero e não porque sou obrigada de alguma forma, então também é problema meu caso uma pessoa que eu considere, goste ou mesmo ame seja indiferente, ingrata ou mesmo fria comigo. Eu não cobro nada de ninguém além de respeito e, mesmo assim, admito ser cobrada de mil outras coisas - eu mesma me cobro por isso, nem precisa vir de terceiros. Eu me isolo constantemente, por motivos diversos, mas NUNCA porque estou feliz demais pra me lembrar dos outros, por isso não corro atrás de quem se isole de mim, já que não sei qual o motivo - e por mais que, quando isolada, tudo que queira é que uma ou outra pessoa chegue, diga oi, sorria e se vá, só pra mostrar que está ali. Meus Amigos são pessoas que vejo com a mínima periodicidade possível, talvez porque me conheçam o suficiente pra saber que eu sou assim: sumo mas nunca esqueço de quem gosto. Detesto que me digam que vão ligar ou me mandem esperar por alguma coisa, porque eu não espero nada, nunca - ora porra, se é não, é não; se é sim, é sim, e não me venha com esta porra de "ah eu te ligo mais tarde e te dou resposta, ESPERA". O que é ainda pior: eu acabo nem me emputecendo por tanto tempo, porque quem faz isso comigo não merece que eu perca nem tempo nem energia me emputecendo. Apesar disso, eu perdôo fácil. Mas aprendo.

Não me julgo uma pessoa boa, sou cheia de defeitos e erros, mas tem horas que me canso. Canso de cuidar e não dar trabalho - tem sempre um dia que a gente tá meio barro, meio tijolo e o que mais quer é mimo - e quase ninguém entende ou percebe isso, já que sempre estou disposta a cuidar, a animar, a conversar ( e eu que me foda mesmo, quem mandou acostumar todo mundo bem?), então todo mundo acha que é só mau humor. Já magoei alguém pro resto da vida (e sabe Deus por quantas encarnações eu vou pagar por isso) e já fui altamente sacaneada, espezinhada e pisada, mas a segunda parte eu agüento bem - o caso todo não é ser eu a sofrer, porque eu sei que eu dou conta, mas fazer alguém sofrer é algo que me torna uma pessoa desprezível, ainda mais se for alguém tão bom, como é. E quanto a quem me fez sofrer, eu só tenho pena e torço pra que seja feliz, não desejo mal.

Sou altamente competente, absolutamente capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo e tenho temperamento forte mas justo. ODEIO levar esporro, por isso não erro - e quando erro, tomo esporro de boca fechada. Não admito levar culpa de erro alheio, nunca, e isso me mata quando não posso contestar (na verdade, está me matando aos poucos, atualmente), mas não perco a razão. Aliás, perder a razão é altamente perigoso pra mim, já que o limite de paciência é grande, mas uma vez atingido, é sem retorno. Trato todo mundo da mesma forma, do porteiro ao Gerente, da faxineira ao engenheiro, porque cada um tem uma função e é responsável por ao menos uma coisa de importante no processo (quero ver o gerente lavar as mãos na pia que ele deixa imunda, se a faxineira não limpar).

Essa sou eu. Estou meio perdida, mas me encontrando. Ando muito aparecida, mas devo sumir. Quem sabe amanhã eu escreva, quem sabe passe meses sem dar notícias. Sinceramente, eu hoje não tou nem aí pra ninguém que não se chame Aline, tenha 31 anos completos recentemente e precise descansar urgentemente. Eu tou aí pra mim, e se alguém mais estiver, é bom saber, mas sinceramente não é o que mais importa. Se ninguém estiver, é mesmo o que eu esperava, nada mais.

Breakdown

E aconteceu o que era resultado óbvio de tudo que vêm acontecendo. E foi ruim, e doeu e ainda dói. E dá medo, muito medo mesmo, porque eu ainda tenho muita coisa pra fazer. E hoje vi que deixar de viver enquanto se tem saúde e vida pela frente é tão imbecil quanto não ir recolher o prêmio da Mega Sena que você ganhou.

Depois de hoje, eu quero mais é viver, chorar, rir, brincar, sofrer, amar, quero tudo de uma vez e quero já. A cada dia um pouco de cada coisa. Porque a gente não sabe até quando vai poder escolher entre sair na rua ou se esconder embaixo da cama, até quando vai ter condições de dar-se ao luxo de estar de mau humor, até quando um cansaço será um cansaço curável com uma noite de sono bem dormida.

Pode parecer sem sentido pra quem lê. Foda-se. Pra mim, faz todo sentido.

Uma história muito boba

"Tuas costas estão vermelhas, pára de coçar!", ele deu a ordem. Ela sorriu e arranhou mais forte, como uma criança fazendo pirraça pra chamar a atenção dos adultos, e ele acabou rindo dela e pulando em cima pra fazê-la parar - era tudo que ela queria e ele sabia, claro. Depois das risadas e da briga e ele conseguir imobilizá-la, ficaram se olhando por um tempo, sem dizer nada. Ela resolveu quebrar o silêncio com um convite: "Vamos pra praia logo, o dia tá lindo", e deu-lhe um beijo como quem pede licença pra ser libertada - não que o silêncio fosse ruim ou aquela prisão temporária a incomodasse, mas ela sabia o quanto ele gostava de praia e também queria se jogar no mar naquela tarde tão linda e quente.

Na praia eles pegaram um pouco de sol, leram livros, beberam cervejas e caíram no mar até ficarem com os dedos murchos. Juntos e separados. É claro que jogaram areia um no outro e acabaram parecendo duas crianças bobas, dentre outras diversões, já que não cresceriam nunca em certos aspectos, como prometeram ao se conhecerem. Depois de algumas horas sozinhos e juntos, viram o sol se pôr e voltaram pra casa, cantando e dançando - ela muito mais que ele, como sempre.

"Mas esse banho não acaba nunca, Meu Pai do Céu!" - foi ela quem gritou. Ele levava horas no banho sempre, mesmo quando estavam atrasados. "A gente vai perder a reserva, ô noiva!", ela gritou rindo, e ele já começava a ficar meio brabo, respondendo "já vou, já vou!", meio atravessado. Quando ele saiu do banheiro, ela, nua, tinha colocado uma toalha branca na cabeça como que um véu, segurava o arranjo de flores da mesa e andava como noiva. Ele gargalhou e o mau humor dele foi embora na mesma hora. Claro que perderam a reserva do restaurante - e não estavam nem aí - e acabaram comendo um cachorro quente numa barraquinha perto dali, achando uma delícia, horas depois.

Eram tão felizes juntos que chegava a chamar a atenção das pessoas na rua, pelos sorrisos abertos e olhares tão leves e brilhantes. Eram felizes porque se respeitavam e tinham noção do quanto eram dois e do quanto podiam ser um, na hora em que quisessem (ou precisassem, claro), se amavam sem cobrar nada além de respeito e carinho um do outro, de uma forma tão simples e quase infantil mesmo. Talvez fosse este o segredo dos dois. Fosse, porque acabou num belo dia de inverno, cheio de frio e chuva. Foram felizes enquanto estiveram juntos e, no dia em que viram que não seria mais assim, decidiram mudar a relação deles pra um nível no qual pudessem manter o respeito e o carinho que tinham um pelo outro, sem se machucarem à toa e sem estragarem tudo de bom que tinham vivido. Claro que doeu, claro que teve choro, claro que não foi fácil - mas era necessário e era o certo a ser feito. E eles fizeram.

São grandes amigos, se vêem de vez em quando e até se falam bastante. Ainda se amam, de alguma forma, mas sabem que não dá pra ser como era e não querem nada menos que o melhor um pro outro, por isso continuam como estão. Talvez um dia casem, um com o outro ou cada um com seu cada qual. Talvez um dia não se falem mais e sejam uma bela memória na cabeça um do outro, quem sabe. Sabe-se que sempre terão um no outro como algo bom, algo maravilhoso, isso é certeza.

História real? Não se sabe. Lenda? Talvez, até porque tudo que é bom demais deixa de ser História e vira lenda, porque o ser humano não consegue lidar com o fato de que algo seja tão bom e ele não tenha vivido ou presenciado - mesmo quando presencia, sempre põe defeito e duvida. Sonho? Ah, com certeza. De qualquer pessoa nesse mundo que entenda que não precisa ser eterno (ao menos não em termos temporais) pra ser perfeito e nem ser perfeito pra ser excelente. Seja o que for, é só mais uma história boba e cheia de clichês, contada por uma pessoa boba e meio clichê. Mas é uma estória.

It's 31, baby...

Eu ontem mesmo ouvi que pareço mais nova do que a minha idade - e não só um ano, mas dois a quatro anos. Talvez tenha sido o sorriso simpático ou as gargalhadas resultantes da cama elástica e do Futebol de Sabão - aliás, não sei como vivi até ontem sem pular numa cama elástica, é algo libertador! - mas eu parecia mais nova mesmo. Queria ver alguém dizer que eu pareço mais nova quando estou de mau humor, mas não darei chances, é claro.

31 anos. Quando era pequena, ficava me imaginando "velha", com 23 anos que completaria no ano 2000... Chegar aos 31 anos com um tanto de bagagem que eu chego é, ao mesmo tempo, muito bom e muito ruim: a parte boa é que tomo menos sustos com as coisas que acontecem; a ruim é que eu talvez não me surpreenda tanto com as coisas, seja por não serem mais novidade ou porque eu não me deixe surpreender, resguardada que fico. Mas sempre tem alguma coisa pra nos provar que ainda temos muito a ver, viver e aprender na vida... Hoje sou muito melhor que há dez anos, muito melhor que há seis e ainda melhor do que no ano passado. Ainda pior que daqui a um ano, com certeza, eu também sou.

Nesta manhã de aniversário eu tive um sonho. Bem, meio sonho, meio pesadelo, mas sonhei. E sonhei colorido, com detalhes (alguns altamente dispensáveis) e me lembro de tudo, até do que eu não gostaria. Mas só de sonhar de novo eu já acordei mais feliz, porque há muito tempo eu não sonhava e acho que ainda tem solução pra mim, depois desta noite. Acho que foi o meu primeiro presente de aniversário, esse tal sonho, pra que eu ainda veja que sou capaz de algumas coisas pras quais me julgava velha, sem capacidade e "madura" demais pra fazer. Aos 31 anos que completo hoje, descobri que ainda posso voar e cair. E é tão bom, mas tão bom, que quis escrever aqui, pra reler mais tarde e nunca mais esquecer disso.

Parabéns pra mim =o)

101 things about me

Eu vi ali e já tinha visto em algum lugar... E resolvi fazer. Ah, é elucidativo, vai!


1- Eu não gostava do meu nome quando era criança porque começava com A e eu era sempre a número 2 ou 3 da chamada. Muito cedo!

2- Eu fecho os olhos quando gosto da música, principalmente quando canto junto;

3- Eu acordo num mau humor desgraçado, quase sempre;

4- Quando não acordo de mau humor é porque dormi bem - ou não-dormi bem;

5- A parte que eu mais gosto em mim, esteticamente, é a minha boca;

6- Detesto minhas pernas;

7- Eu queria ser Matemática até os 15 anos, quando um professor me deu dois zeros seguidos. Injustamente;

8- Sou super sociável e conheço pessoas em qualquer lugar, se eu estiver no humor apropriado;

9- Sou a mais antipática das pedestres;

10- Era a mais chorona das meninas;

11- Hoje em dia, só choro de raiva, e olhe lá;

12- Quando fico triste, fico muda;

13- Tenho uma memória prodigiosa;

14- Cada pessoa que conheço tem uma música que me faz lembrá-la - ao menos as com as quais me importo, mas nem sempre só elas;

15- Associo as pessoas às músicas de uma forma tão intensa e involuntária que deixo de ouvir certa música se estiver puta com quem ela me lembre;

16- A dificuldade de me entregar pra alguém hoje, mesmo em termos de amizade, é gritante;

17- Tem muita gente que acha que me conhece mas não faz idéia de quem eu sou;

18- Tem poucas pessoas que me conhecem de verdade;

19- Tem gente que me conhece de uma forma que me assusta;

20- Eu leio as pessoas com muita facilidade;

21- Eu sempre acho que sou culpada do mau humor dos que me cercam de alguma forma;

22- Eu sempre acho que sou culpada de qualquer coisa ruim;

23- Amo viajar, mesmo;

24- Sei sambar e sei sambar MUITO bem;

25- Adoro dançar;

26- Não saio pra dançar há muito tempo;

27- Não gosto de dormir de meias - elas prendem meus dedos!

28- Adoro beber prosecco, mojitos e cerveja/chopp;

29- Bebo BEM, ao menos quando o primeiro gole "desce";

30- Adoro strogonoff;

31- Odeio agrião e fígado;

32- Sempre sonhei muito, tanto dormindo quanto acordada;

33- Me atenho mais à realidade das coisas do que gostaria;

34- Adoro lingerie, desde garota. Não é pra mostrar, não, é pra eu me ver usando mesmo!

35- Entendo de futebol mais do que muito homem por aí;

36- Adoro esportes em geral, pra assistir;

37- Jogava handball bem pra caralho;

38- Andar me faz um bem enorme - não só pro corpo físico, mas pro espírito;

39- Reparo em cada detalhe das pessoas nas ruas quando não estou andando com pressa;

40- Reparo em cada detalhe das pessoas que gosto e sou capaz de descrevê-las com precisão;

41- Já pesei exatos 56kg a mais do que peso hoje - vi a foto hoje mesmo, vocês não me reconheceriam;

42- Cafuné me faz dormir;

43- Ah, que se dane: eu tenho uma bunda bonita!

44- Sou carinhosa e protetora ao extremo com quem merece;

45- Sou capaz de ser fria de forma assustadora com quem mereça;

46- Se eu brigo com alguém, eu estou só braba; se eu simplesmente ignoro alguém, eu estou muito puta;

47- Não consigo ouvir "I don't wanna miss a thing" desde que me separei - morro de tanto chorar de culpa até hoje, quatro anos depois;

48- Em compensação, "Andrea Doria" voltou a ser uma das minhas músicas favoritas, mesmo que ainda me lembre um canalha que conheci, às vezes;

49- Meu primeiro beijo foi aos 11 anos, e foi muito esquisito, mas bom;

50- Minha primeira vez foi aos 21 anos (sim, leeeeerda) e foi maravilhosa;

51- Me sinto melhor aos quase-31 do que aos 21, de todas as maneiras - inclusive esteticamente;

52- Eu gosto de homens com bocas desenhadas;

53- Se um cara não me fizer rir, nunca vai conseguir que eu me encante por ele;

54- Sou altamente perua;

55- Não sou nem um pouco mulherzinha - quando sou, é porque é necessário ou quero fazer charme;

56- Sempre tive muito mais amigos homens do que mulheres, até por ser a única "menina" da minha geração na família paterna;

57- Sou incapaz de sentar numa cama (minha ou de qualquer um que eu conheça) com roupa "de rua" - culpa da minha mãe;

58- É claro que há exceções à regra acima. Mas mesmo assim...

59- Sou envergonhadérrima com elogios;

60- Mesmo quando sou descarada, fico com vergonha, de alguma forma. Nada patológico, no entanto;

61- Sou fina, mas quando começo a falar palavrão, sou pior que qualquer estivador do cais do porto ou malandro de rua;

62- Eu só gritava palavrão dentro de quadra, e meu pai viu um único jogo meu, de tão traumatizado que ficou;

63- Um dia, eu ainda vou dar aulas de inglês de graça pra quem precise. Bem, já fiz, mas em escala maior, uma turma inteira - ou mais de uma até;

64- Sou muito teimosa e não sossego enquanto não faço/não tenho o que quero;

65- Desaprendi a conseguir o que quero, aparentemente. Ou estou numa fase medrosa demais, talvez;

66- Tenho verdadeira FOBIA de aranhas, chego a congelar quando vejo uma maior que uma ponta de dedo;

67- Mato baratas com a maior frieza do mundo: bato mas não esmago, cato com papel ou varro e jogo no lixo. Sem nem gritar;

68- Amo água, mas não sei nadar direito;

69- Eu curto! E faço bem a minha parte;

70- Nunca tive uma festa surpresa pra mim, apesar de ter organizado algumas;

71- Barba por fazer me tira do sério, especialmente no meu pescoço ou na minha barriga;

72- Às vezes eu acho que vou ficar sozinha pro resto da vida e penso que mereço;

73- Às vezes eu acredito que ainda vou ter um filho;

74- Adoro dar presentes;

75- Amo olhar o céu aberto à noite. Se a lua estiver no céu, então (cheia, crescente ou mesmo minguante), sou capaz de passar horas só olhando e voando;

76- Adoro ver o sol nascer, mas as últimas vezes que o fiz, pretendo esquecer pro resto da vida;

77- Praia e mar me renovam de uma maneira que só se explica pela energia que têm;

78- Se a combinação for céu aberto à noite + mar, eu chego a ficar fácil;

79- Eu sou romântica, mas meu senso de romantismo nem sempre condiz com o senso dos outros;

80- Tem anos que não ando de bicicleta, apesar de simplesmente AMAR;

81- Eu prefiro me sentir feia do que me sentir burra - choro de ódio quando faço alguma burrice;

82- Bebo de cinco a seis litros d'água por dia. Fácil;

83- Acho que bebo um litro de café por dia. E tomo café antes de dormir, não faz o menor efeito;

84- Nasci no Rio de Janeiro, me criei aqui, mas nunca fui uma carioca da gema. Peixinho fora d'água, sabe?

85- Eu gosto de ouvir Pavarotti, Mozart e Beethoven;

86- Sempre que vou dormir cedo, tenho a impressão que estou perdendo alguma coisa da vida que nunca mais vou poder recuperar;

87- Eu sempre falo muito, mas sou uma boa ouvinte;

88- Quando eu quero muito dizer alguma coisa pra alguém e não posso ou tenho medo, eu escrevo e deleto. Ou falo baixinho, sozinha;

89- Certas músicas me fazem parar o que quer que eu esteja fazendo só para ouví-las, como "Por Enquanto", cantada pela Cássia Eller, ou "Going out of my head (over you)", do Sérgio Mendes, ou ainda "Rir pra não chorar", do Cartola. E outras ainda;

90- Eu gosto de Fábio Jr. desde que nem sabia falar direito, segundo minha mãe. E fui ao show dele e tenho a toalhinha que ele me deu guardada (Sisa, pode se roer TO-DI-NHA!);

91- Fui a alguns shows ótimos, mas o último show do Legião Urbana e o show do Guns 'n Roses do Rock in Rio 2 (em 91, eu tinha 13 anos!) são inesquecíveis;

92- Meu limite de paciência é grande até demais, mas quando ele é atingido, a coisa fica muito feia e eu perco a noção;

93- Eu já tive dois blackouts de raiva - segundo me contaram, no último, eu surtei a ponto de bater em alguém;

94- Eu já tomei alguns porres na vida, mas tenho vergonha MESMO só de um: meu aniversário em 2004;

95- Amizade, pra mim, é algo sagrado;

96- Eu não guardo rancor por quase nenhum tempo - simplesmente esqueço que alguém que me magoou de verdade existe. Esqueço mesmo, nem sentir raiva eu sinto;

97- Se um dia eu casar de novo (mesmo que só de fato e não de direito, já que sempre tive meu estado civil como solteira), eu quero fazer alguma coisa (leia-se comemoração) mesmo que seja só pra mim e pra quem for louco o suficiente de estar comigo;

98- Eu teria sido a 10ª esposa do Vinícius, se contemporâneos tivéssemos sido. Com certeza absoluta;

99- Eu sei o "Soneto do Amor Total" de cór, mas amo o "Poema Enjoadinho" e o "Soneto da Separação";

100- Este é o penúltimo item e eu já estou agoniada, porque não sei lidar com despedidas: fico mal-humorada e dou patada nas pessoas que mais gosto quando preciso dizer tchau, mesmo que por um tempo breve (mãe que o diga, sofreu muito enquanto morei fora e vinha visitá-la). Fins até encaro e não tenho medo, por piores que sejam - não prolongo nada além do fim;

101- A primeira coisa que me veio à cabeça pra colocar neste último item eu não repito nem pra mim, em pensamento. A alternativa: eu espero que ainda tenha jeito pra minha falta de jeito, porque eu sempre fui estabanada (não fosse grande, oras) mas ando pior - deixou de ser só física a coisa.

That's all, folks. Completamente desinteressante, eu sei. Mas deu vontade, e eu ando querendo saciar as minhas vontades, por mais bobas ou doidas que sejam, oras. Se você chegou até aqui lendo isso, parabéns: em nada isto acrescentou ao seu dia! =o)

Sem pé, nem cabeça, muito menos sentido

Eu liguei o foda-se, sim. Mas não liguei completo, é fato. Eu não consigo ligar o foda-se a 100% se não puder falar o que quero, pra quem quero e quando quero. Aí leio textos que gritam "FODA-SE!" e fico me roendo por dentro, querendo fazer igual, e não consigo, simplesmente travo. Dá tilt na máquina, nem Ctrl+Alt+Del adianta, só o reset button faz andar de novo. E quando se aperta o Reset, nada foi salvo.

Ah, as linhas tênues que separam a genialidade da loucura, o ser encantadora do ser imbecil, a mágica do ilusionismo, o ar blasée da tristeza sem graça. Há quem não as veja, as tais linhas - eu gostaria de não vê-las ou, ao menos, de não criá-las dentro da minha cabeça torta e tão pensante. Eu crio linhas, limites e divisas em tudo, sempre móveis e diminuindo meu espaço. As minhas linhas tênues são mais fortes do que as divisas pintadas em vermelho no Mapa Mundi, são mais limítrofes do que a calça strech que eu adoro, são mais opressoras do que a religião. Mas eu invento as linhas e acabo cruzando-as, dançando em cima delas e, quando dou por mim, sapateei tudo ali e caguei a merda toda. Pior: as tais linhas tênues existem, de fato - mas estas eu nunca sei onde estão. E ninguém me mostra as desgraçadas.

Eu quero ligar o foda-se pras linhas tênues. Eu quero ligar o foda-se e falar, falar, falar - mas dizendo alguma coisa, sim, não falar à toa. Eu quero sair na chuva e molhar o cabelo escovado, sair no sol toda de preto e me perder por aí. Eu quero mandar algumas pessoas à merda e quero que outras saibam o quanto eu nunca as mandaria à merda. Eu juro que tento, mesmo que com ajuda externa, mas não consigo. Neste exato momento, acho que preferia ser internada como louca do que ser tão contida, porque os loucos, ao menos, são livres. Eu não sou, porque sou a carcereira de mim mesma - e sou muito rígida com meus detentos.

Eu sou capaz de loucuras planejadas e planos concretos completamente insanos, mas só dentro da minha cabeça. Quando eles precisam ser postos em prática, sempre tem um revisor da Censura que corta a parte mais divertida deles, bem como fizeram com "O que será (à flor da terra)", que ficou muito com muito menos graça na versão "à flor da pele". Eu preciso ser mais insana e mais odiada, pra poder ter mais paz e ser mais amada. Eu quero desesperadamente ser entendida, mas não explico nada. Eu quero mais, mas não sei muito bem do quê - ou até sei, mas não admito nem pra mim mesma. Eu quero, mas não sei bem como querer ou como fazer pra ter o que quero. E isso ninguém ensina.

"O que será? Que será?
Que todos os avisos
Não vão evitar
Porque todos os risos
Vão desafiar
Porque todos os sinos
Irão repicar
Porque todos os hinos
Irão consagrar
E todos os meninos
Vão desembestar
E todos os destinos
Irão se encontrar
E mesmo padre eterno
Que nunca foi lá
Olhando aquele inferno
Vai abençoar!
O que não tem governo
Nem nunca terá!
O que não tem vergonha
Nem nunca terá!
O que não tem juízo..."

Chico Buarque & Milton Nascimento, O que será (a flor da terra)

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Uma das coisas que me incomoda muito em não ter tempo pra nada que não seja trabalho é não conseguir comentar nos blogs das pessoas aqui do lado. De verdade. Não é descaso, gente, eu juro! Mas lá no office não dá pra abrir blog, é foda... E chego em casa, tem trocentos mil posts e fico pensando: "po se eu comentar só nesse, as outras pessoas podem ficar chateadas". Enfim, eu sou doida assim mesmo =)

Claro que não conseguir falar com meus amigos quase nunca, não conseguir comprar presente pro amigo oculto e muito menos minha fantasia pro fim de semana do dia 19 (chalé pra dois num puta hotel-fazenda, shall we?), que PRECISO ter, também é muito ruim. Ok, eu estou viva de novo mas vamos com calma, né? Devagar se vai ao longe e too much communication ainda não é bem-vinda. Mas com calma, com parcimônia (Rui, eu te amo!) a gente chega lá.

E a vaidade? Hoje que fui secar meu cabelo, amanhã QUEM SABE fazer as unhas... Tou me sentindo um lixo, viu. Mas decidi que não deixo mais ficar assim, não, que eu não mereço! Aliás, ninguém que conviva comigo merece, né, porque a visão deve ser dos infernos. Mas até domingo estarei bem bonitinha pra começar o 31º ano, pode deixar.

Enfim, voltando a viver.

Late Night Quickies

Tenho a ligeira impressão de que voltei a viver hoje. Ligeira, ainda. Já até sinto sangue correndo nas veias. Até sarcasmo teve hoje, vejam só!

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E eu começo AGORA a lembrar: dia 7, babies. Tá chegando. Preparem os parabéns, no mínimo - não gosto de presentes caros, mas adoro mimos em geral. "Se eu pido, sou pidão; se não pido, não me dão", como diz meu pai.

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Eu adoro dar presentes, é fato. Adoro de verdade! Adorei os últimos que ganhei (obrigada, cavalheiros, estou curtindo um bocado!) e espero que os que dei agradem. Na verdade, só um não sei se vai agradar, mas espero feedback. Porque eu sou professora, tem que ter feedback!

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Hoje eu quis bater nos pés do Washington e na cabeça do Luis Alberto. E dar um óculos de presente pro Fernando Henrique, que golpe de vista de cu é rola... Mas até que o empate foi melhor que deixar o São Paulinho ganhar - tudo menos eles, gente. Sério. ATÉ o Grêmio! =oD

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Trabalhei hoje, porque essa coisa de descansar no sétimo dia foi só Pro Cara, pra mim não tá acontecendo. Vejamos o que acontece, enfim, nesta vida... Como está não dá, é fato, mas preciso fazer tudo com calma.

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Como tem tempo que não falo de mulherices (ah eu preciso ser mulherzinha um pouco de vez em quando!), vamos lá: mesmo peso dos 21 anos. Cheguei, tou lá. Agora quero menos cinco ainda, porque desafios deste tipo sempre são bons. E não ficarei magrela - isso é impossível pra mim, não se preocupem. Mas que foi ótimo vestir o mesmo bikini (termômetro que eu tinha guardado aqui) de bambu e ficar até razoavelmente bem, ah, foi.

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Ainda nas mulherices: esses dias curti meu cabelo meio nêga maluca, ao natural. Nem fica ruim, viu, mas o visual liso já faz parte... E antes que perguntem: não, não fica enroladinho, só ondulado, meio doidinho. E me deixa com outra cara completamente diferente!

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Eu vou dormir, que tá tarde e a semana vai ser fudida de braba. Mas como eu quero fazer 31 anos (chamem-me de louca, eu deixo!), chego viva ao fim dela, Deus queira. E My Way ainda vai demorar muito pra tocar pra mim, assim espero. E agora que resolvi voltar a viver, aguardem, porque não vou deixar ninguém se jogar ou se esconder da vida.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...