Meme 4

A Outra passou esse Meme pra mim. Farei-o com gosto. Hoje é domingo, o sábado foi ótimo e estou num bom humor maravilhoso!

Vamos lá:

Quatro empregos que já teve:
-Professora de Inglês
-Assistente de Marcas
-Secretária Executiva
-Gerente Administrativa

Quatro filmes que assiste sempre que passam:
-Pulp Fiction
-Crash
-Cidade dos Anjos
-Curtindo a vida adoidado

Quatro programas que gosta na TV:
-Friends
-Pânico
-Two and a half men
-House

Quatro pessoas que mandam e-mail constantemente
-Minha amiga Tia
-Meu amigo André
-Papai
-Amiga Fátima

Quatro coisas que não sabe, mas deveria:
-Mergulhar
-Falar Espanhol
-Contar piada com graça
-Beber whisky

Quatro coisas que faz diariamente:
-Dormir
-Ler os blogs que mais gosto
-Mandar currículo para vagas (cansa demais)
-Falar com mamãe no tel nem que seja pra dar bom dia =)

Comidas que gosta:
-Sashimi
-Talharim ao alho e óleo
-Bife mal passado
-Arroz à piamontese

Quatro objetivos a curto prazo:
-Formar-me na faculdade
-Perder mais cinco kilos
-Arrumar um emprego
-Me mudar

Pra quem eu repasso esse meme: pra Lekkerding e pra Ingrith!

Domingo nostálgico

Depois de encontrar pessoas que não via há mais de dez anos ontem, me divertir muito e relembrar várias histórias, pessoas e momentos, estou aqui hoje nesse frio de doer os ossos, uma chuva chata que não pára e quase afônica. Quem manda sambar e cantar na chuva e sem casaco...

Como é domingo e desse tipo descrito acima, vai um videozinho que eu amo. Divirtam-se!

Cabelo, cabeleira...

Porque eu não sou mesmo muito normal!



Tudo em menos de um ano. A última foi a loucura de ontem (a foto tá péssima, mas eu tinha que mostrar!).
Vocês não imaginam a minha felicidade agora. Sério mesmo. Talvez uma das maiores que já tenha sentido. E tem a ver com trabalho, carreira, amigos, conhecidos e bons tempos que, pasmem, voltaram.

Me segura que eu tô chegando.

Citações, frases e outras coisas...

"Meme é coisa do demônio!"

Sacamano
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"Com um cara desses eu lanchava, jantava, almoçava e ainda sobrava as bordas pro café da manhã!"

Amigaminha off-internet
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Amiga2
Gente, o cara que me convidou pra almoçar amanhã é tudo de bom!

Eu:
Mas você é casada, vai, deixa pra gente!

Amiga1
Olha quem fala, Amiga2!

Amiga2
Até parece que ela sempre fica sozinha quando a gente sai! Tadinhaaa!

Amiga1
Sair com ela só é bom quando ela resolve pegar um que tenha amigos bonitos. Normalmente ela pega os melhores, desgraçada! Ainda mais agora, com esse cabelo de francesinha metida...

Eu:
Francesinha metida é foda...
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"Tá fazendo alguma coisa, Aline?"
"Não, estou praticando o Nadismo, mas você acaba de me interromper!"

Sem autor/a identificado para a pergunta, por favor. Resposta apenas imaginada.

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"Caridade é para os bons de coração. Nem sou destas..."

Dra. Bridget Jones, via Twitter.
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"Se me virarem de cabeça para baixo hoje, com o cabelo do jeito que está, dá pra varrer o apê inteiro. Você quer que eu vá assim pra faculdade? Vão me chamar de 'Urso do Cabelo duro aos 30"

Ainda agora, eu mesma, respondendo a uma amiga que queria ver o cabelo novo e me chamou de fresca quando eu disse que precisava desligar pra fazer uma escova leve.

Meme abre-caixinha

A Lekkerding me passou esse Meme. Vou fazer porque não sou mulher de negar fogo. Mas juro que abrir a caixinha vermelha & peluda não é lá muito agradável pra mim agora...

Vamos lá:
1 - Pensar em alguém que você queira muito - amigo(a), namorido(a), caso químico, lanche, vale tudo.
2 - Escrever 10 razões pra querer essa pessoa na sua vida.
3 - Explicar por que essa pessoa merece esse Meme.
4 - Passar pra quantas pessoas você quiser.

Os dez motivos, em contagem regressiva:
10 – Ele tem as pernas mais lindas que eu já vi na vida.
9 – Ele tem o sorriso mais sincero e lindo que já vi na vida.
8 – Ele deixa eu sacanear e rir dele o quanto eu quiser.
7 – Ele ri de mim e me sacaneia o quanto pode, e eu adoro e deixo ele fazer ambos.
6 – Eu não tenho medo de conversar sobre quase nada com ele.
5 – Ele fala comigo de coisas que nem pro travesseiro pergunta ou conversa, e eu sei disso e ele sabe que eu sei.
4 – Somos capazes de ficar minutos juntos sem precisar dizer uma palavra e não rola aquele desconforto.
3 – Ele me olha nos olhos quando diz “tá linda” e eu sei que ele me vê por dentro.
2 – Ele é a única pessoa que ainda me faz sentir como uma adolescente: sem saber o que dizer, onde colocar as mãos e não conseguindo olhá-lo nos olhos, com o coração batendo rápido demais.
1 – Apesar das nove razões anteriores, eu nunca o beijei, somos só amigos.

Não sei se ele merece esse Meme, sinceramente. Mas se há alguém que eu queira na minha vida, esse alguém é ele. Porque estar com ele me faz bem, mesmo que seja falando abobrinha. Ele é especial, ele me dá bronca com razão, desde que nos conhecemos eu senti o quanto eu queria uma pessoa assim na minha vida, seja do jeito que for. Ele faz idéia de que eu o tenha como especial, mas não sei se tem idéia do quanto é especial pra mim. Ele não imagina o quanto dói dar uma bronca nele, mesmo que tenha que ser. Ele sequer desconfia o quanto é importante – e o pior, se ele desconfia, desconfia da maneira errada, porque ele é mais importante como meu amigo do que qualquer outra coisa.

Quanto a passar pra alguém, sintam-se todos os que aqui vierem à vontade. Feel free to open your boxes.

Ainda sobre conhecer pessoas...

Eu disse logo aqui embaixo e repito: nunca tive a menor dificuldade em conhecer pessoas, até é bem fácil pra mim, sempre foi. E ter um blog é algo que alavanca essa coisa de conhecer pessoas, sempre – mesmo que gradualmente, ‘virtualmente’ e, algumas vezes, ao vivo. Já falei disso aqui, mas não custa repetir: conheci minha melhor amiga via chat, bem como meu ex-marido. Mas sempre tive a mesma postura quanto a conhecer pessoas via Internet: devagar, com calma. Porque eu desconfio, né? Sempre, mesmo ao vivo, por que não aqui?

Acontece que hoje algumas pessoas vivem de uma forma tão tosca que se atiram de uma forma muito doida na ‘vida virtual’. Sei lá, não tem um parâmetro (quem sou eu pra isso, faisfavô), mas há limites na vida, pessoas. Esses caras aqui são um sucesso hoje dentre mulheres e blogs – e pelamordasanta, esperem eu terminar antes de pensarem em me matar com requintes de crueldade – e com muito mérito, porque são três pessoas muito diferentes no que escrevem e são divertidos. Eu visito todo dia e acabo batendo papo via comments. Até aí, morreu Neves, tudo bem. Rolar uma vibe entre os caras e algumas meninas, melhor ainda, normal. Mas tem uns comentários loucos que me fazem imaginar o que será que chega à caixa de e-mail deles... Aliás, babies, vocês podiam mesmo contar, mesmo que de forma anônima, que tal? Tou falando mesmo das psicoses tipo Beatlemania.

O fato é que, bem como na vida real, tem doido e doida pra tudo. Tem doida até pra escrever blog, vejam vocês. Há cinco anos! Mas tem aquela velha diferença entre os malucos-beleza e os loucos que rasgam dinheiro, e é do segundo tipo que falo aqui. “O que será que passa na cabeça de uma pessoa assim?”, sempre me pergunto. Mas não quero saber responder, não.

Criança nova na escola

Conhecer pessoas nunca foi um problema pra mim, muito pelo contrário - segundo consta, eu pedia pra andar de ônibus quando tinha pouco mais de um ano (e já falava pelos cotovelos) pra 'ver a gente', ao invés de ir de táxi ou de carro aos lugares - mas há situações em que fico parecendo um bichinho da goiaba.

Na faculdade, por exemplo. Não na época em que comecei, mas hoje em dia. Passei duas semanas sem nem dar um boa noite a ninguém além de três professores: dois foram meus calouros. Entrava, assistia às aulas e saía. Meus amigos de faculdade (de quando entrei, não de agora) morrerão de rir quando eu contar isso, podem ter certeza. Ontem resolvi perguntar sobre provas marcadas e formatura (já que daqui a menos de um ano estarei finalmente formada) e assim conheci duas meninas de uma das minhas turmas, já que o currículo mudou e as minhas matérias restantes se espalharam do 3º ao 10º períodos.

Perguntei a elas sobre a prova, sobre formatura, e expliquei que estava afastada, etc. Ficaram curiosas, acabei dizendo o ano da minha matrícula, no meio do papo. Pronto, foi o suficiente para que os queixos caíssem e elas quisessem saber mais. E eu adorei, confesso, porque facilitou muito a conversa ter alguma coisa interessante a dizer. Mais tarde, conheci outro colega, que faz as mesmas matérias que eu. Transcrições, cadernos e datas de provas via e-mail, a partir de agora.

Voltei à faculdade, enfim. Ainda meio caloura - só quando voltar a jogar vou me sentir 100% in de novo. Mas já está melhorando.

Divina e graciosa

Atenção: ouvir Rosa cantada por Marisa Monte pode proporcionar mudanças drásticas, sorrisos descontrolados e pensamentos voadores.

Esse tipo de música deveria ser receitado como remédio anti-depressivo. Anti, vejam bem. Porque ouvir palavras tão majestosamente colocadas juntas sendo cantadas por uma voz que não dá pra explicar só pode trazer êxtase a alguém, nada diferente disso. Quem está apaixonado chora de emoção. Quem não está, até pensa em ficar. Quem está triste pelo fim de um amor, passa a ter a esperança de que haja outro por aí, só esperando. Quem não está preocupado com os amores passa a sentir uma pontinha de preocupação, querendo começar. Quem se diz frio, passa até a aquecer um bocadinho que seja. Os desesperançosos se enchem de quiçás, os naturalmente empolgados sentem-se justificados e representados.

Música assim não deprime, não faz mal, não tem contra-indicação. Pode ser consumida em altas doses, descontroladamente, absorvida com gosto. Como tudo que é bom na vida: amigos, amor, bons momentos, sorrisos, beijos, abraços e bons-dia voluntários. Esbalde-se com essa droga, enlouqueça, pire, cante e suba na cama (ou na mesa) dançando. Pode até tomar um vinho junto. Mas caso você fique indiferente, triste ou mal-humorado, procure um cardiologista direto (nem passe pelo clínico!) porque o seu coração está com problemas seríssimos: congelado, seco ou mesmo ausente. E antes morrer com um coração grande, cheio e quente.

Antes que me perguntem: eu estou no segundo exemplo dos 'quem'. Mas o que posso fazer se sou feliz?

Agora sim

Agora sim EU ACREDITO. E sou obrigada, com muito gosto, a dar parabéns pro Zé Roberto e pras meninas. Porque hoje elas honraram o que, no caso, não têm entre as pernas. E nem vou falar de bandeira brasileira, país, orgulho nacional, não, deixemos isso de lado um pouco.

Elas foram corajosas, calmas, frias e, ao mesmo tempo, cautelosas, agitadas e emocionais. Souberam dosar tudo isso e foi o que ganhou o jogo. Uma das coisas ao menos. Porque a outra coisa que ganhou essa medalha foi a mudança do Zé Roberto. É claro que ele sempre foi competente, não é disso que falo, mas ele hoje tem uma atitude que nunca teve com o time. Ser técnico de time feminino, seja ele de colégio ou de seleção, é um trabalho duríssimo e ingrato até dizer chega, porque mulheres são atletas muito diferentes dos homens e difíceis de se lidar, e faltava ao Zé o tipo de comportamento que ele hoje tem: mais incisivo, mais bravo quando necessário, mais exigente, menos condescendente.

Foi uma vitória altamente trabalhada e técnica, cheia de talentos bem aproveitados e com uma estrutura fenomenal por trás (sem trocadilhos, por favor) de tudo. Porque a galera da comissão técnica de vôlei é séria (bem como os dirigentes), porque tem um Centro de Excelência à disposição dos técnicos e atletas e porque, nesse caso, os dois patrocinadores são dedicados há muito tempo. É só tomar como exemplo, gente. Seguir um exemplo tão óbvio e tão bom quanto esse é o que pode, um dia, fazer com que outros esportes cheguem lá também, dependendo menos de talentos individuais e contando mais com tecnologia, técnica e estrutura.

Parabéns MESMO, vocês merecem. Fico feliz? Claro, felicíssima. Que seja apenas a primeira! Agora, vejamos o masculino à noite. Porque nos meninos eu sempre acreditei, mas do lado de lá estará o melhor time da atualidade, sejamos honestos. E o Ball vai estar lá. Bem que uma câimbra cairia bem...

Saindo do forno

É uma afirmação muito má, mas não tem como não publicar:

"Eu quero ver na Paraolimpíada é o Tênis de Mesa para cegos!"

Quem conhece a trupe aqui, deve saber quem foi que acabou de dizer isso pra mim. Choreeeei de rir. Maldade...

The sweetest things.

Chego em casa agora à noite, satisfeita com uma espiga de milho verde (cozido e ela foi deglutida, ok?) e um espetinho de banana ao chocolate (caceta, só comida de duplo sentido!) comprados e consumidos numa festa de rua aqui pertinho de casa. Sim, a Zona Norte do Rio ainda tem festas de rua! E essa, por incrível que possa parecer, é ótima e sem brigas, sem baixaria. Ao menos no horário em que vou lá buscar quitutes, várias famílias, senhoras e casais ficam nas mesas das barracas comendo carne seca com aipim, churrasquinho e caldo verde, tomando suas cervejas ou caipifrutas (ai, quanto tempo não consumo uma dessas), na maior paz, com as crianças andando no bate-bate ou na xícara que roda (AMO esses brinquedos vertiginosos). Enfim, fui caminhar para comprar guloseimas com vovó e mamãe, fazer essa mulherada andar um pouco. Mamãe já quer ir amanhã pra tomar cerveja comendo carne seca...

Chego em casa e vou ver o celular 'desprezado' - eu tenho dois e não me perguntem porquê, já que ando mais parada do que pedra - que estava carregando. Mensagem! Mensagem?! Quase ninguém tem esse número, quem teria me mandado uma mensagem? Antes de abrir, já pensei: 'é da operadora, só pode, querendo que eu carregue'. Pobre é uma merda mesmo... Mesmo assim abri, a fim de deletar logo. A mensagem continha o seguinte texto:

"Ai que vontade de tomar uma pipoquinha com vc! Prosecco tb vale. Kisses from the other side of the pond :)"

Era uma mensagem dela. Chorei viu? Saudade dói demais, amiga. Mas a gente mata essa desgraçada o quanto antes, I promisse. E regada à pipoquinha*, prosecco ou uma bela pint mesmo... Who knows?

Things like this make living worth the effort =o)

*Tradução simultânea: pipoquinha = chopp garoto = tulipa de 200ml. Só que a pipoquinha da qual ela fala é daqui, e só quem conhece sabe do que estamos falando. Não há nada melhor em termos de chopp - mas fiquem com o original, na Rua da Carioca. Nem cobro pela dica!

Viajores dessa rede de meu Deus

Eu sempre vejo quem vem aqui, pelo Sitemeter. Ao menos de onde vêm, como param aqui na minha Casa. Sou curiosa, ué, fazer o quê...

É claro que várias, incontáveis - ou contáveis, porque é um CONTADOR DE ACESSOS, sua burra. Eu, não você que me lê; você entendeu - pessoas vem parar aqui por causa do cacete. Ele mesmo, sempre sendo pesquisado no Google e em outros sites de busca. Alguns pesquisam cacetes exóticos, enormes, gigantes ou tortos (acreditem, teve alguém pesquisando isso), e a maioria é de brasileiros, mas alguns outros portugueses também querem o tal do cacete. Alguns brasileiros ou portugueses em outros países também procuram. Mas gosto mesmo são de termos mais aleatórios que trazem o povo aqui. Vamos à alguns deles - e usando o estilo Branco Leone de explicar:

"sessão coruja, só entende quem namora" - Ok, eu usei essa frase num post. Mas é tããão antiga a expressão... Sessão coruja? Hoje tem Sexytime, moçada;

"texto para pessoa especial" - Porque pegar um pronto é sempre bem mais prático, concordo. Mas procura direto em Vinícius que fica melhor, babe;

"pessoa calma" - Oi, não é daqui não, viu? Você ligou errado;

"casada no cio" - Nem um nem outro, amigo. Solteira e plena;

"fotos de multidão pelada" - Esse é o meu favorito dos últimos tempos. Multidão pelada?! Fala sério, é pesadelo isso. Imagina aquele doido que a Adri descreveu ontem andando pelado? O Centro do Rio, todo mundo pelado, na hora do rush? Cruuuuuuzes!

Como vocês podem perceber, é cada um mais doido que o outro...
Eu vou ali pra night e volto amanhã, tá?

Tchau pra vocês. Quem quiser me liga e vem junto.

Piadinha machista pra alegrar o dia!

Três mulheres, uma noiva, uma casada e uma amante, decidiram fazer uma brincadeira: seduzir seus homens usando uma capa, corpete de couro, máscara nos olhos, botas de cano alto, pra depois dividir a experiencia entre elas.

No dia seguinte, disse a noiva:
- Quando meu noivo me viu usando o corpete de couro, botas com 12cm de salto e máscara sobre os olhos, me olhou intensamente e disse: ' Você e a mulher da minha vida, eu te amo'. E fizemos amor apaixonadamente.

A amante contou a sua versão:
- Encontrei meu amante no escritorio, com o equipamento completo! Quando abri a capa, ele não disse nada, me agarrou e transamos a noite toda, na mesa, no chão, depois, na janela, até no hall do elevador!

E a casada contou sua historia:
- Mandei as crianças para a casa da minha mãe, dei folga pra empregada, fiz depilação completa, as unhas, escova, passei creme no corpo inteiro, perfume em lugares estratégicos, e caprichei: capa preta, corpete de couro, botas com salto de 15 cm, máscara sobre os olhos e um batom vermelho que nunca tinha usado. Pra incrementar, comprei uma calcinha de lycra preta com um lacinho de cetim no ponto G!. Ainda apaguei todas as luzes da casa e deixei velas iluminando tudo. Meu marido chegou, me olhou de cima abaixo e disse:

Fala aí, Batman, o que temos para o jantar?

Ah, gente, é velha mas eu adoro. E chorei de rir de novo =oD

Água mole em pedra dura...

Vocês sabem que eu acredito na bondade, na caridade - nos melhores sentidos, não tou aqui falando de dó, não. Vocês sabem que eu procuro sempre fazer o melhor pra todos. Vocês sabem o quanto já me fudi por causa disso, mas que eu insisto, porque acredito.

Então, esse post é só pra dizer que eu continuo me fudendo. De verde e amarelo, no clima olímpico. Porque não basta você tentar fazer alguma coisa de boa por alguém (ns), você tem MESMO é que levar na tarraqueta, né? Assim, fazer um sacrifício e, como agradecimento ao que você tem feito, uma bela, grossa, cheia de areia e gigante pica no seu rabicó. Ora, você é boa - o que grande parte da humanidade confunde e/ou toma por otária - então não vai se importar com esse agradecimento especial, né? E, olha, nem um obrigado eu queria, não. Bastava paz e alegria, na medida, sem ser nada LSD-like. Fico feliz em ver quem estimo feliz, é uma característica minha. Boa ou ruim, não sei.

Aí, cedo ou tarde, você explode. Voluntária ou involuntariamente. E vira a vilã da novela mexicana, porque você passa a ser má e não prestar, na visão alheia. Porque você só colocou pra fora o que sente e o que pensa, e não eram flores nem coraçõeszinhos voando, e isso é o suficiente pra você ser péssima, a partir de então. Você não vale nada, a partir de agora, e acostume-se com a idéia.

Que seja.

Phone Home

De vez em quando me sinto uma E.T. nos lugares. Na faculdade, por exemplo. Aquele bando de gente mais nova (ok, alguns poucos mais velhos) e completamente inteirada do que se passa por lá, educativa e socialmente. Eu cheguei agora, de novo, e ninguém volta pra faculdade depois de quatro anos pra fazer zoeira - eu quero mesmo é assistir às aulas, passar nas provas, pegar meu diploma e me mandar logo. Virei uma daquelas chatas que fica fazendo 'ssshhhhhh' quando o papinho paralelo começa na sala de aula. Se bem que nunca conversei em sala, razão pela qual matei tantas aulas na vida...

Em casa eu também me sinto um E.T., de vez em quando. Deve ser por ficar tempo demais dentro dela. Outro fator é o de que hoje moro com muito mais gente (de novo), e estava tão acostumada com eu&eu mesma. Hábitos diferentes, jeitos diferentes... O mais engraçado é que a gente não percebe isso até que sai e volta tempos depois.

Me senti um E.T. na sexta à noite, na festa. Perdida mesmo, entre grupos de pessoas aos quais eu não pertencia, somente fazia papel de coadjuvante. Nem lá, nem cá, sabe? Gente mais nova, com quem não convivi fora da coisa familiar, ou gente mais velha que faz parte de outro grupo. E eu ali, no meio. Acho que o fato de ser a motorista da vez e não beber nada também ajudou. Lei Seca do cacete.

Há lugares onde não sou E.T., claro. Sábado não fui E.T. tomando vinho com os meus amigos, aqui em casa. Mas mesmo assim tenho momentos de E.T. nos lugares menos estranhos e alienígenas. Até aqui na Casa me sinto assim, quando fico olhando e não sei o que escrever, mesmo tendo 362.897 assuntos dos quais quero falar. Simplesmente esqueço.

A fase E.T.. Vejamos no que dá.

As fotos de sexta ainda não estão comigo. Podem deixar, posto assim que recebê-las. E.T. também cumpre a palavra =o)

Friday Quickies

Ganhei selo das Garotas de Vinte e Poucos! Tá lá no cantinho dos selos, lá embaixo. Obrigada, meninas! E vou repassar aqui para a minha querida amiga A Outra, pra Lekkerding, pra Cin, pra Helen e pra Iara. Enjoy, girls.

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Festão hoje à noite, vou começar os preparativos já, já. Prometo fotos. De antes, claro, porque depois de várias taças de prosecco, não há produção que agüente.

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A lista do Eu Leio tá sendo atualizada sempre. Pay attention, you kids.

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Ansiosa pela segunda-feira. Não é febre, não, tou bem de saúde, obrigada. Depois explico.

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Quero um desses pra mim. Nham. Me perdoe se você for a namorada dele e ler isso. E parabéns, viu...

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Torcendo pro Cielo. Muito. Mas não vou ver, porque meu pé parece que mora na Finlândia.

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Beijo na bunda e até segunda =D

Hairy cosy heart

A montanha russa do meu estado emocional é uma coisa muito curiosa: depois da fase paixonite-aguda na qual andei, ando completamente cool. Total awareness*. Há quem vá dizer que é dor-de-cotovelo, que é amargura, que é tristeza. Eu digo que é normal.

Já li em diversos lugares sobre pessoas que concordam comigo, inclusive numa das confissões. Eu penso com o cérebro, a maior parte do tempo - inclusive quando sofro por amor ou qualquer sentimento semelhante. E faço isso cada vez mais, conforme vou aprendendo. Penso com o cérebro e amo "com o coração", como diriam. Me apaixono com os dois - ao menos tento. E muitas vezes sou criticada por tudo isso, pois outros acham que é negação. Negação de quê, meu Deus? Negar pra quem, pra MIM?! Não me dou a esse trabalho, é tempo perdido. E tempo é uma coisa que temos cada vez menos, diminui a cada dia (sem fatalismos, estou apenas constatanto o óbvio ululante), então perdê-lo é um desperdício abominável. Se hoje não tem ninguém sentado no sofá da sala de estar do meu (às vezes peludo) coração, fico eu só, muito bem, obrigada. Ouvindo música, cantando, dançando, estudando, sorrindo, xingando, vivendo.

A questão principal é que a crítica fica mais aguçada nessas épocas, pra tudo, e isso pode ser meio cruel com os outros. Sei de todos os meus defeitos, não fico tentando disfarçar (mas melhorar sempre tento) e sei que posso ser tão dura e seca quanto um pedaço de madeira no agreste, tenho consciência disso. Não é de propósito, eu juro. Mas acontece involuntariamente - quando dou por mim, já fiz cagada. Resta tentar limpar.

Enfim, atualmente eu sou só eu mesma. Há quem goste, há quem não goste. Pros que não gostam, digo que sinto muito, mesmo, e que eu tento mudar meus defeitos. Pros que gostam, aconselho cuidado, porque podem ainda não ter visto o evil side of me. Pra todos, digo muito prazer em conhecer.

* Não consigo dizer isso sem lembrar disso aqui. Não tem como =D

Dia 'não'

Ninguém hiper-ultra-mega happy o tempo todo, é claro. Nem eu. E hoje me bateu um desânimo quanto aos assuntos de trabalho... É desanimador. Várias entrevistas, vários 'gostei muito de você' e alguns poucos feedbacks, quase todos dizendo 'você está acima do que nós estamos procurando'. Isso quando o povo se dá ao trabalho de dar um feedback, notem bem.

O que será preciso? Mentir 'pra baixo'? Mentir 'pra cima'? Não descobri ainda. E estou sinceramente desanimada. E presa no Rio até julho de 2009, ao menos.

Hoje não tô.

Apenas uma história

Há pouco mais de um ano, tivemos os Jogos Panamericanos aqui no Rio - todo mundo deve lembrar. Como já disse aqui, adoro esse tipo de evento, adoro esportes. E acompanhei um bocado, como sempre faço. E saí duas noites durante a última semana do Pan. Na primeira, numa quarta-feira, eu e uma amiga acabamos numa festa fechada para atletas, dirigentes e convidados (nada que um bom suborno e alguns sorrisos não resolvessem, quanto à nossa entrada); na segunda, na sexta-feira logo depois, a mesma boate, mas agora a noite era 'normal'.

Muitos gringos nas duas noites, muita gente doida (canadenses são hilários, acreditem), alguns nojentinhos (pode ter sido má sorte, mas os argentinos que estavam lá eram insuportáveis) e duas noites ótimas. A primeira com menos atletas, já que ainda haviam provas; na segunda, encontrei vários atletas brasileiros de alguns esportes. Dentre eles, estava César Cielo. Antes que a mulherada me pergunte: sim, ele é uma delícia de perto, um dos sorrisos mais lindos que já vi e ombros nos quais eu moraria durante o máximo de tempo que conseguisse. Mas eu juro pra vocês que, apesar do olho clínico, eu via ali um cara que admirava pelo que fazia da vida, como se diz por aí. E resolvi falar com ele, já na fila de saída - sim, eu sou cara-de-pau, mas não ridícula, julguem vocês depois.

Quando me aproximei e chamei-o pelo nome, a primeira reação não foi das mais simpáticas - ele realmente deveria estar de saco cheio de tanta mulher em cima dele a noite toda, perturbando. Depois que ele me olhou, disse o que queria: 'não é nada, só queria te dar parabéns pelas tuas provas e dizer que torci muito. Você é foda!' Foi o bastante pra ele abrir um sorriso, dizer obrigado e me dar um abraço daqueles. Super simpático, feliz que nem criança quando ganha presente (ou um 100 na escola). Agradeceu mais duas vezes e disse tchau.

Por que eu tou contando isso agora? Porque ele acaba de ganhar o bronze nos 100m livre, que nem é a melhor prova dele. E chorar muito dando entrevista. E dizer que vai ganhar os 50m livres. Porque eu chorei com ele, aqui. Não pela natural tendência feminina a chorar (tenho que falar disso depois aqui), mas porque naquela noite, eu vi o quanto ele ficou feliz de saber que alguém, mesmo sendo uma mulher no meio de tantas, na night, o admirava e torcia por ele. Porque ele merece e ele É FODA.
Eu a minha tradução sobre História da Música vamos nos matar. Acho que ela vai ser a vitoriosa, mas tudo bem... É porque é pra uma amiga, eu adoro desafios e tô parada. Porque pira, minha gente, pira.

Escola!

Eu vou ali arrumar a merendeira (lancheira, em outros lugares) e ir pro primeiro dia de aula na escola, tá?

Sério mesmo, tô que nem criança que vai começar no C.A. Vocês não imaginam, pelos mais diversos e loucos motivos, o quanto isso significa pra mim. E nem tou falando do básico, que é concluir a facu e finalmente ter meu diploma. Quem me conhece há mais tempo e mais intimamente sabe o quanto eu já virei, rodei, fiquei de cabeça para baixo, de lado... Tou de pé. Ainda com as pernas tremendo um pouco e dando passos de bebê - mas como eles, é questão de tempo pra começar a correr de novo.

A Lekkerding lembrou bem, hoje é o famoso Dia do Pendura (e descreveu a tradição magistralmente, diga-se de passagem) e as aulas devem estar vazias. Eu nunca dei Pendura, é uma vergonha. E não vai ser hoje, já que não conheço uma pessoa sequer na faculdade. Paciência...

Parabéns pra nós, Lekkerding. Parabéns a todos os advogados, por mais que sejamos uma raça cheia de exemplares muito ruins, hoje em dia. E desejem-me sorte no primeiro dia de aula: que nenhum menino cisme de grudar chiclete nos meus cabelos e que nenhuma menina me ache feia.

Resumo

Oi.

Eu tenho 30 anos, tou seis kilos acima do meu peso, meus cabelos já tem 50% de fios brancos devidamente tingidos a cada mês e meio, falo três línguas. Sou fumante mas respeito os não-fumantes, até porque pretendo me tornar uma em muito breve. Gosto de Fábio Jr., George Michael e Ricky Martin. Ainda não me formei na faculdade que comecei a cursar em 1996 - só ano que vem. Não tenho muita paciência com burrice (no pior sentido da palavra, porque ignorância, no sentido mais puro, não é pecado mortal, a não ser que seja fruto de absoluta displicência), detesto minhas fases mulherzinha (mas elas vêm mesmo assim), nunca casei mas juntei duas vezes, moro hoje com meus pais depois de oito anos tendo meu próprio canto, não gosto de gente que humilha os outros. Adoro doces e saladas, e isso é só um pouco do meu paradoxo pessoal.

Nada não, só pra informar =o)

**Update com a ajuda da minha amiga: cozinho bem, e as especialidades são Risoto a Piamontese com Filé ao Molho Madeira e Torta de Limão.**

Que venham as pedras

Eu tenho estado domada demais, já falei disso. Não quero mais deixar de expressar opiniões por medo de ofender alguém ou de ser mal interpretada, principalmente aqui – afinal, essa Casa é do Cacete e só não é do caralho mesmo porque eu tentei ser menos desbocada, e é minha – então, não vou nem pedir desculpas de antemão ou coisa do tipo. É a minha opinião, todo mundo deu a sua, por que eu não poderia fazê-lo?

Eu amo os Jogos Olímpicos. Sempre amei. São, para mim, o que pode haver de mais pacífico, belo, respeitoso e puro num mundo torto e idiótico como o nosso de hoje. Amo o esporte em geral, e vocês sabem por quê? Porque ganha quem mais se dedica, quem mais treina, quem mais dá seu sangue e seu suor, quem mais quer. Como disse Cazuza sobre a ‘hora da sessão coruja’, só entende quem namora. Quem namora, namorou, casou ou simplesmente ama o esporte, mesmo que seja de forma platônica. Joguei (mal) handball dos 11 aos 21 anos, no colégio e na faculdade, joguei basquete na faculdade porque era alta e jogava vôlei na plataforma uma vez por semana, pelo menos, só pelo prazer de suar a camisa fazendo um esporte. Fui chefe de bandeira nas Olimpíadas do meu colégio. Viro noites (quando necessário) para assistir aos Jogos Olímpicos desde que minha mãe desistiu de me fazer dormir, em 1992, durante as Olimpíadas de Barcelona. Além de nunca ter perdido uma corrida do Senna desde o JPS preto, que era a minha paixão e fazia meus olhos de menina brilharem mais do que quando ganhava uma Barbie nova.

Enfim, esportes me encantam e me fazem acreditar em um mundo melhor, por várias razões distintas: em primeiro lugar, porque fazem bem – e gente saudável é sempre melhor do que gente doente. Mas ver delegações com UM atleta, de países que muitos não sabem nem existir, ver a vontade de alguém de ir, lutar por patrocínio, grana, me emociona. Aquele UM ta lá na China pra mostrar que é vitorioso – claro que já é, o cara foi sozinho, nenhum compatriota pra dividir nem o alojamento. Ver um milionário do basquete como o Kobe Bryant ao lado de todos os ilustres desconhecidos americanos e, ainda assim, feliz e misturado, me faz lembrar que, apesar de bem-sucedido, milionário e altamente em forma, ele caga igualzinho a mim; ver caras como o Ginóbili, que estava machucado e se recuperou pra defender o país dele e fazer o que ama na vida (outro cara que não precisa se preocupar com aposentadoria) também é muito bom. Ver as mulheres muçulmanas de diversos países pulando livres e sem os rostos tampados, jogando, lutando, fazendo o que for, simplesmente porque elas PODEM, vale só pela cena, mesmo que elas estejam jogando Badminton.

Dada a minha opinião sobre OS JOGOS, concluo com o seguinte: eu quero que o Bush se foda, o Lula também, que o presidente da China seja pisoteado pelos monges tibetanos e que as Coréias se explodam simultaneamente, se isso for preciso para viver num mundo melhor, só pra resumir. Mas nada disso tem absolutamente nada a ver com os Jogos Olímpicos, porque Olímpia é lá, até que a Pira se apague. Pequim é simplesmente um espaço usado para que a maior festa de pessoas saudáveis e vitoriosas do mundo se realize, nada mais. Ninguém aqui vai pra frente da tevê, durante os Jogos, avaliar o regime político da China nem o massacre no Tibet – que, aliás, muita gente só veio a conhecer graças aos Jogos, não é mesmo? – muito menos a política paternalista do Lula. Eu vou torcer pra seleção de Handball, xingar um bocado de atleta e admirar a superação de limites de cada mulher e homem lá. Há quem diga que os Jogos são parte da política ‘panis et circenses’. Para estes, pessoas como Ayrton Senna, Pelé, Garrincha e Oscar Schmidt são meros palhaços, creio eu – o que seria, no mínimo, falta de respeito. Circo, pra mim, é outra coisa bem diferente do que gente que vence através de seu próprio trabalho e esforço – o que deveria ser, pro tal mundo melhor e para todos os ditos porta-vozes, um modelo a seguir.

Passarei os próximos dias virando noites e torcendo, e isso é problema meu. Este post também é a minha opinião, e dou graças a Deus pela diversidade destas. Mas, sinceramente, eu precisava escrever isso aqui – e já fazia tempo.

Qualidades que podem virar defeitos

Eu sou uma pessoa paciente e prestativa, especialmente com os mais velhos. Educada, sabem como é. Ultimamente, isso tem me custado altas doses de bom humor e pedaços de pele lisa, porque tenho certeza que tem umas ruguinhas novas aqui...

Não é questão de perder a tal da paciência com a incompreensão dos mais velhos, não é isso. Eu entendo que algumas coisa sejam complicadas pra eles, que eles já viveram e aprenderam demais (não acredito nisso pra mim, mas cada um sabe de si) e que não estejam a fim ou não tenham mais a disposição que tiveram um dia. Entendo isso tudo mesmo, de verdade.

O que eu não suporto, não aguento e não tolero é que uma pessoa venha me pedir alguma coisa, eu faça, diga que aquilo ali não está funcionando direito, use meu tempo (até então não o considerava perdido), deixe de lado o que estou fazendo pra atender alguém e, findo o processo, a pessoa que me pediu a tal coisa ignore completamente o que eu disse e fale com outra, como se eu não tivesse feito absolutamente nada. Também não suporto gente que se aproveita de uma situação ruim e 'manda' qualquer impropério que lhe venha à cabeça, porque não está bem de saúde, como se isso justificasse qualquer coisa. Também abomino a falta de valorização de quem FAZ, bem como fico irada quando alguém mente só pra justificar uma merda que disse.

Sempre odiei subserviência e passividade, e tudo que vêm acontecendo só me prova que sempre estive certa. Tolerância e prestatividade são uma coisa, aquelas são outra completamente diferente. Só que tem (muita) gente que confunde a boa vontade com a ausência de vontade própria, o que torna cada dia mais difícil e desgastante a vida de quem ajuda desinteressadamente - a gente começa a pensar que 'não vai dar em nada mesmo' e 'se eu fizer uma vez, babou, vou virar capacho'.

Tudo na vida é lição (moral de professora, eu sei) e eu tou aprendendo a minha. Num futuro que espero ser bem próximo, algumas pessoas se porão a pensar no que fizeram e no porquê do meu comportamento, e espero que aprendam as suas lições. Porque não há nada mais trsite que errar e não ser capaz de reconhecer o erro a fim de aprender com ele, tenha você 15, 25 ou 65 anos.

Sempre há uma Luísa

O fato de não ser um modelo de beleza universal não incomodava Luísa – ela sabia que seu charme e sua inteligência eram muito mais atrativos, agora que já não tinha mais 18 anos – mas era realmente mais bonita do que ela própria pensava. Por conta disso, acreditava que devia estar sempre perfeitamente apresentável, já que a genética não lhe tinha sido tão generosa: andava absolutamente impecável na forma de vestir, de acordo com as ocasiões, o horário, o local. Sempre chamara a atenção num primeiro momento por onde quer que fosse. Mas apenas num primeiro momento.

Sua atitude passiva e sua insegurança quanto à parte exterior faziam com que Luísa se apagasse depois da entrada triunfal e só chamasse a atenção de algum homem novamente quando abrisse a boca para sorrir ou conversar – tinha um sorriso lindo e falava tão bem – coisa que nem sempre acontecia em eventos maiores, cheios de gente desconhecida ou com algumas pessoas conhecidas demais. O resultado desse paradoxo é que Luísa vivia cabisbaixa, pensando que seus atributos mais fortes não eram suficientes para fazê-la conhecer alguém interessante. Tinha namorado por dois anos, mas não deu certo – sua subserviência e insegurança atrapalharam o relacionamento, e ela achava que o motivo era a sua ‘não-beleza’. Assim, tomou uma decisão que mudaria sua vida (ao menos ela pensava assim): faria todas as cirurgias plásticas que precisasse para sentir-se mais bela.

Rosto (nariz, queixo e botox nos lábios), seios (aumentou-os), lipoaspiração nas coxas e na cintura. Feita a recauchutagem, Luísa passou seu mês de férias praticamente sem nem pôr o nariz na janela, recuperando-se do que ela acreditava ser a melhor decisão que tomara até então em sua vida. E o resultado final era realmente uma obra-prima: Luísa tornou-se uma das mulheres mais lindas já vistas naquelas bandas do Rio de Janeiro. Aos poucos, conforme era liberada pelo médico, passou a freqüentar a praia nos fins de semana e deixou aquele tom branquinho da pele de lado, bem como as marcas de biquíni (quase inexistentes, antes da reviravolta) maiores, substituídas por um fio dental e um sutiã cortininha. Sentia, então, que agora encontraria aquele alguém por quem tanto ansiava.

Em sua primeira saída à noite totalmente liberada dos cuidados pós-cirurgia, usou a roupa nova que tinha comprado para a ocasião: uma blusinha frente-única, com um decote bem generoso na frente e costas de fora, e uma mini-saia bem justa, ambas pretas, com uma sandália de salto agulha bem alto, dourada. Estava vestida para matar. Mal entrou na casa noturna aonde fora e dois caras vieram falar com ela e a amiga, e Luísa sorriu antes mesmo de dizer oi – nunca havia feito isso antes. Eram bonitos, os caras, e Luísa aliou seu charme e sua inteligência pré-existentes à beleza que agora, em sua opinião, possuía. Ficou com o mais bonito dos dois, e acabaram a noite num motel.

No dia seguinte, Luísa estava tão feliz com sua conquista que não se continha e dançava pela casa. Esperava a ligação do homem perfeito que havia conhecido na noite anterior, sem duvidar que esta era apenas uma questão de tempo – e curto. Nunca aconteceu, a tal ligação. No final de semana seguinte, a mesma rotina: roupa sexy, noite, um cara gato, ficada, motel. E nenhuma ligação. E assim passaram-se meses, um ano, dois.

Hoje em dia, cinco anos depois, Luísa ainda sai vestida para matar, perfeitamente bronzeada, escolhe com quem quer ficar e, na maioria das vezes, termina suas noites num motel. Poucos foram os homens com quem esteve mais de duas ou três vezes. As amigas a têm como um modelo a ser seguido, a mulher-poderosa da turma. Luísa sorri e joga os longos cabelos castanhos e lisos, como se gostasse do tal título. Mas a verdade é que ela continua sem encontrar o tal alguém e às vezes chora baixinho pelos cantos da casa, no frio da cama vazia. Lembra do ex-namorado (aquele com quem ficou por dois anos) e resolve ligar pra ele numa quarta-feira, antes do futebol na tevê – que ele não perde por nada, ela sabe que ele estará em casa. Antes que alguém atenda, ela desliga. E volta a chorar baixinho, pois hoje sabe que não lhe faltava peito, bronzeado ou um nariz mais fino, mas sim atitude. E essa não vende em farmácia ou é implantada da mesa de cirurgia.

Gostei da idéia

Na minha leitura diária pelos blogs, encontrei esse post aqui, nO Equilibrador de Pratos. Pedi um direito de resposta - não daqueles irados, não, até porque o máximo de enquadramento que encontrei foi 'tinha um blog' - que segue:

Ele não virou namorado porque...

- Quando tirava os sapatos, parecia que o caminhão da Comlurb tinha encostado do meu lado;
- Queria namorar agarradinho durante Pulp Fiction;
- Falou 'adEvogado';
- Chegou num encontro com as unhas mais cuidadas que as minhas (com BASE) e as sombrancelhas tão perfeitas quanto a de uma modelo;
- Tinha pêlos maiores que a minha franja;
- Depois de ficarmos uma vez, na night, mandou mais mensagens que a própria operadora de celular, no dia seguinte;
- Era absolutamente passivo quanto às minhas atitudes, mesmo as mais loucas (tomadas a fim de testar, depois que eu percebi essa característica);
- Não gostava de rock e adorava Bruno & Marrone;
- Tinha ombros mais finos que os meus, apesar de ser bem mais alto;
- Era do tipo 'venha a nós e você que se vire', sexualmente;
- Não admitia o chopp com as amigas;
- Quando me beijava, parecia que eu tinha beijado um São Bernardo na boca, de tão babada que ficava;
- Usava cueca furada;
- Ficava nu e de meias;
- Mandou um 'vamos curtir o momento' me cantando (esse foi com uma amiga, mas é imperdoável);
- Tinha um 'brinquedinho' imenso (pequeno até vai, desde que saiba usar);
- Pêlos na orelha;
- Era tão calado e quieto na hora H que dava pra ouvir até os mosquitos voando;
- Se vestia como não tivesse trocado a roupa com a qual dormiu, independente de onde fosse;
- Era mais delicado que qualquer menina ao pegar em mim com as mãos;
- Não tinha senso de humor algum.

Deve ter mais coisa, mas essas vieram instantaneamente, são memórias mais vivas do que eu gostaria...

Dez anos a menos, por favor

O DJ do lugar onde fui ontem estava ligeiramente, hmm, surtado. Ele saía de 'Music' pra 'ABC', de 'Vai Vadiar' pra 'Smack my bitch up', passando por 'Beber, cair, levantar'. Algo assim. No geral, as músicas eram boas, mas o preconceito (na forma mais pura da palavra) apareceu aos montes - como era uma festa de aniversário de 30 anos, o cara tocou todo o repertório Ploc 80 e o clássico funk-samba no final, com raríssimas exceções (como 'Rehab'). Será que esse pessoal não realiza que a nossa época de night pesada eram os Anos 90??? Porra, eu ia pro El Turf e dançava Prodigy, Hip Hop, um bocado de techno em geral, mas tudo dessa época. Eu tinha 18 anos em 1996, cacete, não em 1986. Eu frequentava (sem trema já, a Reforma chegou pra ficar, crianças) o Guapo Loco do Leblon (era o único), o El Turf, o Rock in Rio Cafe, a Maxims', a Bunker, até mesmo o Hard Rock Cafe Rio de Janeiro. Eu não ia à Hippopotamus, nem à Palhoça. No Rock in Rio (em 1985, o primeiro) eu tinha tenros sete aninhos, caralho.

É claro que todas as músicas dos 80 são ótimas, a gente gosta, dança e tal, não é o caso. O que parece não ter lugar nas mentes dos DJs que tocam nas festas de aniversário é que a minha night, a night da galera dos 30, não era essa - aliás até era, nos momentos de revival. A merda é que os 80 estão na moda (ainda), "então vamos lá, tocar música dos Anos 80, que faz sucesso". Eu particularmente acho que esse movimento Anos 80 foi bom, mas já cansou, passou da hora de dar lugar a outra coisa, um movimento pró-ópera remixada, sei lá eu. Uma época tão boa, com tanta coisa boa em termos musicais (atirem-me pedras os que não concordam, qsf) tá sendo repetida exaustivamente e tá começando a me enjoar. E enjoar de qualquer época boa em nossas vidas não é nada bom. Sem nostalgia, claro.

Comentávamos entre nós, durante a festa, como a coisa do conhecimento e da memória musicais denunciam a idade. Se for pelo DJ de ontem, tenho 50 anos e não sabia.

O dia seguinte

Quando se fica mais velho/a, a ressaca vem. Sempre. Mesmo que você não tenha bebido nada. É simples: você sai, está dirigindo, então a noite 'seca' é sua dessa vez - aqui no Rio, ao menos, não tá dando pra brincar com isso, não - mas você quer se divertir, então vamos lá. Um aniversário, alguns amigos, muita gente, gente bonita, música e uma vontade louca de dançar. Você já sabe que vai se acabar de dançar naquela noite; mesmo assim, sai com um calçado que você ama, mas não é dos mais confortáveis. Três horas de pista direto (ou quase), três refrigerantes e uma água com gás depois, seus dedos pedem misericória e 'está na hora de dizer tchau' mesmo, então vamos pro carro. A volta é tranqüila, nenhuma blitz no caminho (você logo pensa 'filhos da puta, eu doida pra tomar uma cerveja e com medo de vocês, que nem aqui estão'), que não é dos mais curtos, casa. Banho, porque você estava dirigindo descalço/a e está suando como um árabe no Deserto do Saara. Cama.

No dia seguinte, a despeito de nem uma gota de álcool ter entrado no seu organismo, você acorda com uma puta ressaca: cara inchada, voz rouca, dor nos pés, raciocínio lento. Tem um almoço de família que você não pode faltar, então tome de banho frio, café quente e bem forte e, no caso das mulheres, um corretivo básico pras olheiras. Vamos, vamos logo.

Quando isso acontece, você tem certeza de que não tem mais vinte anos. E fica feliz, mesmo assim. Eu fico.

Quickies - porque eu gosto. Ao menos em posts, que fique claro.

Best post do Dia: lá no Pensamentos Insanos, da Cyn. Adourei!

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Tico & Teco estão exaustos, mas valerá a pena. Ah, valerá.

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Vou sair hoje e amanhã. Decidido. Porque eu preciso e mereço, budegas. E porque tou linda, modéstia a parte, o mundo não pode ficar sem ver isso*.

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Cadê o inverno???

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Eu continuo sonhando dormindo, e os atores e atrizes não variam.

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Eu canto ao volante. Horrores. Tipo, dançando mesmo, pulando, com som alto. As pessoas me olham, dos outros carros, com as mais diversas reações. Uns sorriem, outros fazem que não com a cabeça, outros se espantam. Adoro ver pessoas reagindo, mas juro que faço porque é como eu sou.

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Volto. Não sei se hoje, amanhã, segunda... Mas volto. Beijocas.

* linda e esclerosada, meti um asterisco e não coloquei a referência. Enfim, não fui eu quem disse isso, foi meu cabeleleiro DI-VI-NO.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...